DUAS semanas antes do arranque do Campeonato da I Liga, dois dos históricos do futebol português, o Vitória de Setúbal que volta à Europa e o Belenenses que regressa ao escalão máximo, protagonizaram um curioso ensaio geral, que, em largos momentos, acabou por agradar aos três mil espectadores presentes no Estádio do Bonfim.
E, mesmo com Carlos Cardoso e Vítor Oliveira a desejarem (e muito) contarem nas suas equipas ou com o angolano Quinzinho ou com o polaco Mielcarski, que chegaram a estar na agenda de ambos os clubes, por disponibilidade do FC Porto, a verdade é que se assistiu (já) a algum futebol com princípio, meio e fim, muito especialmente por parte do Vitória da primeira parte, quando a formação de Setúbal fez alinhar a sua equipa de luxo, precisamente a formação base da época passada, aquela que conseguiu (re)conquistar o tal lugar europeu.
Nesse período do desafio, foi notória a dificuldade do Belenenses em travar o bom jogo explanado pelo Vitória, mais concretamente a partir de Frechaut, ontem a jogar solto, pelo lado direito, com cruzamentos bem gizados ora para Chiquinho Conde ora para Carlos Manuel, o "filho pródigo" que voltou a Setúbal e que faz um jeitão a esta edição do Vitória.
Num desses lances e aproveitando a forma estática de Filgueira, Chiquinho, bem ao seu jeito, foi mesmo Chicão, batendo Marco Aurélio sem apelo nem agravo e materializando o tal assédio sadino, com o Vitória a jogar à base de passes largos e a denotar um outro colectivismo, mesmo com a equipa da Cruz de Cristo, a esforçar-se, não só por anular, como para tentar exceder o estilo de jogo mais poderoso dos setubalenses.
Um bom cruzamento de Doda, o nigeriano que justificou a contratação pelos azuis, não foi bem aproveitado por Lito, mas, mesmo assim, correspondeu à "estreia" de um Belenenses não só mais empreendedor, como, sobretudo, já com uma outra ligação, entre todos os seus sectores, mesmo com Fernando Mendes a não conseguir (ainda) fazer a cem por cento, o controlo da operações, no flanco esquerdo.
BEBÉS DO SADO
Tal como já acontecera há um ano, quando fez do Vitória uma equipa para a Europa, Carlos Cardoso concedeu "chances" a outros bebés do Sado, fazendo, no segundo tempo, entrar em campo, nada menos de nove novos elementos, o que, naturalmente transfigurou o estilo de jogo dos sadinos, o que o Belenenses, aproveitou para concretizar um "volte-face" algo inesperado.
E, mesmo com muito boa vontade dos jovens do Bonfim, um dos quais (Catarino) teve até, um bom cabeceamento, depois do empate -- conseguido, através da marcação de um castigo máximo -- Belém e o seu futebol ficaram muito mais azuis, até porque do outro lado, já não estava Chiquinho Conde, que havia sido o grande "inimigo" da defensiva da equipa da Cruz de Cristo.
Mantendo em campo, durante muito mais tempo, a sua equipa base, Vítor Oliveira acabou por extrair daí os respectivos dividendos, com Rui Duarte e Cabral, a conseguirem dois excelentes golos e a obter uma vitória, que, mesmo sem os três pontos da ordem, forneceu boas indicações, mesmo com o nigeriano Haruda Doda a não conseguir marcar.
CARLOS ARSÉNIO
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