É acusado de aliciar jogadores para perderem contra o Benfica e apareceu num vídeo a ser ameaçado. César Boaventura está no meio das guerras do futebol português, mas há 10 anos tinha grande sucesso no imobiliário. "Se não fosse a crise, hoje estava milionário."
Durante 85 minutos, num hotel de Lisboa, César Boaventura falou à SÁBADO de tudo: a relação com Luís Filipe Vieira, os seus negócios antes do futebol (comprava e vendia terrenos para a construção de hipermercados, teve uma rede de bares de dança do ventre e sapatarias), e as polémicas que o incluem na guerra Benfica-FC Porto.
"O primeiro jogador que transferi foi o Nélson Semedo. Ele estava no Sintrense e fui eu que o coloquei no Benfica. Não recebi dinheiro nenhum. Ainda nem era agente, mas foi com esse caso que ganhei gosto por isto." A entrada no mundo do futebol deu-se em janeiro de 2014, com o ex-futebolista Abel Silva. "Já o conhecia de vir a Lisboa ver jogos do Benfica, e um dia ele falou-me na hipótese de comprar a SAD do Atlético. O clube estava na II Liga, em situação de descida, e fizemos um acordo com os chineses, que tinham maioria na SAD: se não descêssemos, ficávamos com a equipa profissional por 350 mil euros. Disse-lhes que ia meter lá um treinador da minha confiança (Jorge Simão) e cinco jogadores. Fui falar com o presidente do Benfica, e ele disse-me: "Não te metas no futebol, que é um mundo de vigaristas." Mas ajudou-me e deixou-me levar para o Atlético o guarda-redes Mika e o Manuel Liz, que estavam na equipa B. Investi lá 120 mil euros e conseguimos não descer, mas depois os chineses não honraram o acordo e foi aí que me virei para o agenciamento de jogadores."
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