Clubes podem manter distribuição das verbas de solidariedade da UEFA pelos emblemas do segundo escalão

Pedro Proença destaca papel da European Leagues na decisão do Comité Executivo da UEFA

• Foto: Pedro Proença

Os clubes da Liga Betclic podem manter a distribuição das verbas de solidariedade da UEFA pelos emblemas da 2.ª Liga. Esta é a principal conclusão que resulta das decisões da reunião do Comité Executivo da UEFA, realizada esta terça-feira, em Praga.

Em sentido contrário ao que acontece ao dia de hoje, em cima da mesa estava a possibilidade das verbas de solidariedade concedidas aos clubes que não participam nas competições europeias serem obrigatoriamente distribuídas somente entre os emblemas dos principais escalões da UEFA. Com a aprovação desta cláusula, o organismo europeu deixa nas mãos das respetivas ligas a decisão sobre estes valores.

"Foi uma reunião muito importante e decisiva. Quero enaltecer o papel da European Leagues nas decisões finais no que diz respeito à redistribuição das verbas de solidariedade para quem não participa nas competições europeias. Foi a posição da European Leagues, na defesa das médias e pequenas ligas, que imperou", comentou Pedro Proença, presidente da Liga Portugal e da European Leagues, que marcou presença no encontro em Praga.

A decisão dos emblemas nacionais terá que ser formalizada, mas o dirigente antecipa a sintonia, por unanimidade, dos clubes representados na direção da Liga Portugal, três do 1.º escalão e dois do 2.º, em relação ao tema. "Sobre a liga portuguesa, o espírito de solidariedade existe desde a época 1999/2000 e, em sede de reunião da direção, os clubes acordaram que este espírito de solidariedade deveria manter-se, por isso esta reunião veio manter esse espírito, que é fundamental para que não seja aumentado o fosso de receitas entre os clubes que mais ganham e aqueles que menos ganham, absolutamente fundamental para o desenvolvimento e o espírito competitivo das ligas profissionais", afirmou.

Pedro Proença, de resto, entende que a decisão é fundamental para elevar os níveis de competitividade das ligas mais modestas. "Houve uma proposta que contemplava apenas um pequeno nicho e foi possível, dentro de determinadas condicionantes, manter o espírito de solidariedade daqueles que participam nas competições internacionais. No que diz respeito às ligas médias e pequenas isto é absolutamente fundamental para manter o ‘competitive balance’ e não haver grandes disparidades entre aqueles que mais ganham e os que menos ganham", concluiu.

Por Record
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