Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, nunca escondeu a admiração pelos compatriotas Maradona e Messi
O Papa Francisco tinha "dois pés esquerdos" e, nas ruas de Buenos Aires, raramente escapava à condição de guarda-redes, mas essa 'imperfeição' jamais lhe reduziu o entusiasmo pelo futebol, afinal, "o jogo mais belo do mundo".
"Sempre gostei de jogar à bola e não me importava de não ser grande coisa. Em Buenos Aires chamavam 'pata dura' àqueles que eram como eu. O que significa ter dois pés esquerdos. Mas jogava. Muitas vezes, era o guarda-redes: esse papel também é bom, ensina a olhar a realidade na cara, a enfrentar os problemas", revelou na autobiografia Esperança, publicada no início deste ano.
Num pontificado de 12 anos muito interventivo, que atravessou uma pandemia e ficou marcado pelo combate aos abusos sexuais e às guerras, o Papa Francisco, que morreu hoje, aos 88 anos, encontrou sempre espaço para o futebol, abrindo as portas do Vaticano a algumas das maiores figuras da modalidade.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, nunca escondeu a admiração pelos compatriotas Maradona -- que recebeu duas vezes e lembrou, em oração, quando morreu, em 2020 -- e Messi, mas dizia que, entre os dois, talvez escolhesse o brasileiro Pelé, "homem de uma humanidade muito grande".
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"Muitos definem o futebol como 'o jogo mais belo do mundo', e para mim foi isso", resumiu Francisco na autobiografia e o futebol vai-lhe prestando as homenagens possíveis um pouco por todo o mundo. Em Itália, foram adiados todos os jogos agendados para hoje.
Se o futebol foi uma das paixões da vida de Jorge Bergoglio, o San Lorenzo, clube histórico da capital argentina, foi o veículo dessa paixão, impulsionada pelo pai, ex-basquetebolista dos 'cuervos' e com o qual assistia aos jogos no estádio Viejo Gasómetro, no bairro de Boedo, entretanto desmantelado.
"Era um futebol romântico e familiar", recordou o primeiro Papa não europeu em mais de 1.200 anos (e o primeiro oriundo do hemisfério sul), que conservou, religiosamente, o cartão vermelho e azul de sócio 88.235 do San Lorenzo, mesmo após ter sido eleito líder da Igreja Católica.
Francisco assistiu à mudança do San Lorenzo para o estádio Pedro Bidegain, no bairro de Flores, mas os adeptos do clube sempre disseram que haveriam de regressar a Boedo e o novo recinto do 'clube do Papa' vai chamar-se, apropriadamente, Francisco.
O dia 20 de agosto de 2014 foi de grande felicidade para o Papa. Segurou o pesado troféu da Taça Libertadores, quando recebeu no Vaticano a comitiva do San Lorenzo que acabara de conquistar pela primeira vez -- e única -- a mais importante prova sul-americana, equivalente à Liga dos Campeões na Europa.
Foi uma despedida emocionada aquela que o clube lhe dedicou: "Nunca foi apenas um de nós e foi sempre um de nós. 'Cuervo' como rapaz e como homem. 'Cuervo' como padre e cardeal. 'Cuervo' também como Papa. De Jorge Mario Bergoglio a Francisco, uma coisa nunca mudou: o amor pelo 'Ciclón'. (...) Estaremos juntos na eternidade".
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