Vários internacionais colombianos participaram em festas, churrascos e jogos de exibição organizados por Pablo Escobar no seu campo de futebol privado. Francisco Maturana, selecionador da Colômbia nos Mundiais de 1990 e 1994, disse que essas presenças eram obrigatórias: “Se Don Vito Corleone me convida para jantar, eu tenho de aparecer”.

O mesmo acontecia com Pablo Escobar. Alguns jogadores, no entanto, iam com prazer. Higuita nunca escondeu a sua relação de amizade com o mais famoso narcotraficante do Mundo. Em 1991, foi filmado a visitar Escobar quando este estava detido. Em 1993, o guarda-redes também seria preso por servir de intermediário num caso de sequestro relacionado com os homens de Escobar. Foi libertado a tempo de participar no Mundial de 1994, mas acabou fora dos convocados, numa competição que seria fatídica para Andrés Escobar (sem qualquer parentesco com Pablo). O defesa fez um autogolo no jogo com os Estados Unidos e a sua seleção foi para casa mais cedo.

Poucos dias depois, à porta de uma discoteca de Medellin, Andrés foi morto com 12 tiros pelo motorista dos irmãos Gallón, dois “narcos” de um cartel colombiano. Diz-se que os irmãos Gallón tinham apostado muito dinheiro do narcotráfico na vitória da Colômbia e assassinaram Andrés por vingança.