Cláudia Viana defende que a rapidez "pode causar danos irreversíveis" aos processos
A presidente da Comissão de Instrutores da Liga de Clubes, Cláudia Viana, considerou excessiva a valorização da aplicação das sanções disciplinares, mas lembrou a complexidade de grande parte dos processos, frisando que a intenção é concluir todos os casos antes do final da época. Mas sem descurar a qualidade na análise dos mesmos.
"A celeridade pode causar danos irreversíveis. O meu objetivo e de toda a comissão de instrução é a qualidade, com uma preocupação forte na conclusão dos processos num tempo razoável. Se conseguirmos isso contribuimos para a efetividade do direito disciplinar", salientou Cláudia Viana em entrevista à SIC, recordando o intenso trabalho na recolha de prova, da realização de diversas diligências, análise de documentos de outras entidades, a visualização de imagens, relatórios.
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Além disso, lembra que "é preciso algum cuidado nas inquirições", pois a "comissão de instrutores não é o ministério público". Depois de verificar se àqueles factos corresponde a prática de uma infração, é elaborada a proposta ao conselho disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol, que pode aceitar integralmente, apenas parcialmente ou até devolver o processo.
Neste momento há 14 processos com diligências em curso, entre ele o controverso caso do túnel de Alvalade, no final do Sporting-Arouca, que teve Bruno de Carvalho e Carlos Pinho como protagonistas. "É um processo complexo. Como exemplo da sua dimensão, que não passa para o exterior. Há as imagens que toda a gente viu, o que foi visto foram uns minutos. Para garantir a qualidade para fornecer ao conselho disciplinar todos os elementos em detalhe para tomar uma boa decisão, estamos a falar de muitas horas de imagens. Não vai atrasar, faz parte do processo", frisou Cláudia Viana.
Suspensão de Bruno de Carvalho
Relativamente aos recentes processos que conduziram às suspensões de Bruno de Carvalho e Octávio Machado - a acusação contra a SAD leonino foi considerada prescrita -, Cláudia Viana lembrou que estes foram "instaurados ainda ao abrigo do antigo regime disciplinar" e que as conclusões da comissão de instrução foram enviadas para o conselho de disciplina a 8 de fevereiro.
"Ainda não analisamos devidamente o acórdão, na parte relativa à infração considerada prescrita. O que estava em causa inicialmente eram três arguidos. A proposta é de acusão aos três. O CD acolhe a proposta relativa a dois arguidos e, relativamente ao outro, considerou que a mesma estava prescrita. Devo dizer que este será um caso praticamente único", sublinhou Cláudia Viana, adiantando que a CI inquiriu "63 testemunhas e realizou mais de 120 diligências" na âmbito do caso e realçando a necessidade de "ter bom senso na marcação e na realização destas inquirições".
"Todos os processos são diferentes. Mesmo que a infração seja qualificada da mesma forma, não há um processo igual ao outro", concluiu.
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