O FC Maia desceu ao inferno do futebol português, ao extinguir o departamento sénior, depois de ter tocado de raspão o céu, em 2000/2001, ao falhar de forma dramática o acesso à Liga principal.
Dívidas acumuladas pelo clube nas últimas épocas ditaram vários impedimentos, que culminaram com a exclusão, decretada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), da Série B da III Divisão.
O presidente da Comissão Administrativa do FC Maia, António Fernando e Silva, aponta o dedo à "actuação discriminatória" da FPF, que, na sua opinião, "foi desencantar um regulamento para excluir o clube sabe se lá porque motivos".
"O nosso único inimigo foi a Federação Portuguesa de Futebol, o que é no mínimo insólito e surreal", referiu à Agência Lusa António Fernando e Silva, acusando o organismo de ter sido "inflexível" e não ter protegido o clube.
António Fernando considera que "houve má fé" na evocação do artigo utilizado pela FPF para excluir o Maia, uma vez que "terá sido a primeira vez que o fez e casos iguais não foram tratados da mesma forma".
"O Vila Real jogou em Leça sem ter os necessários 12 jogadores inscritos, mas a FPF não lhe aplicou, de véspera, o regulamento que nos aplicou a nós, anulando o jogo e obrigando-nos a somar nova falta de comparência", referiu.
O regulamento da FPF indica que as equipas têm que estar regulamentares na véspera do jogo (12 horas), pelo que, mesmo que, no dia do jogo, o Maia tivesse reunido as condições para levantar os impedimentos, já não cumpriria
os prazos.
Desta forma, e mesmo que o jogo não tivesse sido anulado, como aconteceu no caso do Vila Real, por alegado erro federativo, o resultado seria o mesmo, já que, ao jogar com a equipa irregular, o FC Maia seria punido com falta de comparência e derrota por 3-0.
O dirigente explicou que reuniu "as condições para ultrapassar o impedimento", conseguindo juntar os 340 mil euros necessários para inscrever a equipa, mas "um inesperado aumento de 40 mil foi fatal para o processo".
"Deparámos com um acréscimo de 40 mil euros que era necessário liquidar de imediato e que não existia, dado terem transformado o crédito de um credor num impedimento. Cometeram um erro", esclarece António Fernando.
O presidente contesta ainda o facto de a FPF ter considerado "lesivo para o futebol português" o adiamento do jogo com o Lixa, depois de haver acordo entre as partes envolvidas, incluindo a Associação de Futebol do Porto.
"A FPF não teve bom senso e fez finca-pé no regulamento, mas para mim isto é perseguição. Por motivos que desconheço quis acabar com o FC Maia", adiantou, considerando não haver diferença entre "a equipa ser inscrita
quarta ou quinta-feira".
O FC Maia foi excluído por não ter comparecido aos jogos com o Moncorvo (III), Cova da Piedade (Taça de Portugal), e, já depois de dois adiamentos, por não ter jogadores inscritos para os jogos com o Lixa e Alpendorada.
A viver em situação difícil há já algumas épocas, devido aos cerca de 4,8 milhões que chegou a ter de dívidas, o fim do futebol sénior do FC Maia acelerou com o avolumar de impedimentos levantados por ex-jogadores e treinadores.
"O tombo do FC Maia foi igual ao de outros do futebol português, como o Salgueiros, mas menor", recordou António Fernando e Silva, apontando o enorme esforço dispendido para amortizar as dívidas.
A situação, e o dirigente recorda que 2,8 milhões de euros já viabilizavam o FC Maia, ficou a dever-se "ao desgaste provocado pela II Liga e pelos planteis caros em que o clube apostava face às receitas que tinha".
"Na última época em que esteve na II Liga, em 2005/06, o FC Maia ficou a dever 9 meses aos jogadores do plantel", explicou, lamentado ainda o facto de o Boavista, por exemplo, dever cerca de 470 mil euros.
A 27 de Maio de 2001, o FC Maia, orientado por Mário Reis, viveu um dos dias mais dramáticos da sua história, só agora suplantado com o anunciado fim do futebol sénior, ao falhar a subida à Liga. O FC Maia, na ultima jornada da II Liga, chegou ao triunfo (3-2) no campo do Sporting de Espinho com um golo de Fumo, aos 91 minutos, mas não chegou a comemorar a subida, pois, já com o jogo finalizado, o Vitória de Setúbal também chegou ao triunfo, com um golo de Meyong, aos 90'+2.
A tentativa falhada de subir ao escalão principal, desejo antigo da população e autarquia maiata, deixou marcas profundas no clube, nomeadamente ao nível das finanças, que nunca mais estabilizaram.
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