Nuno Rolo e Nuno Patrão são os dois mais novos empresários FIFA, portugueses. Um, especialista na área da Economia e o outro, com a licenciatura de Desporto. O futebol atraiu-os e nem a recessão do mercado os fez recuar na "aventura".
Sabem que " é um pouco complicado", muito embora não tenham começado agora. "Já há cerca de dois anos e meio que abrimos a empresa, pouco tempo depois de ter terminado a minha licenciatura em Economia e o Nuno Patrão ainda estudava Educação Física e Ciências do Desporto. Fomos colegas de uma equipa de futsal, ambos tínhamos o "bichinho" do futebol e decidimos partir para esta "aventura". O objecto social da empresa é a "gestão de carreiras desportivas e organização e promoção de eventos desportivos e culturais", muito embora, até agora, só nos tenhamos dedicado à gestão de carreiras desportivas".
Com objectivos a médio e longo prazo, naturalmente que os primeiros contactos teriam de assentar "em clubes da II Divisão B e, há que dizê-lo, tivemos alguma abertura. É o início e numa área onde não é fácil trabalhar, o importante é não baixar os braços, não querer 'correr' e ir ganhando a confiança dos jogadores e dos dirigentes. Para já temos clubes da III Divisão e II B e uma ligação - talvez pelo facto de sermos de Coimbra - com a Académica OAF".
Nuno Patrão jogou nos juniores da Académica, conhece os cantos à casa mas nos contactos com os outros clubes a reacção era de estranheza: "Inicialmente, olhavam para nós e diziam que tínhamos idade era para ir jogar. Há excepções, mas estas apenas confirmam a regra."
Porém, todo o percurso até ao exame da FIFA, não terá sido coisa fácil, muito embora, economicamente, tivessem "beneficiado dos novos moldes que a FIFA colocou em prática. Quando abrimos a empresa era exigido um depósito num banco suíço, em cerca de 26 mil contos - 130 mil euros - e isso era impossível de satisfazer. Pensámos adiar tudo dois anos e nesse espaço de tempo reunir os fundos precisos. Porém, se as regras não tivessem mudado, não conseguiríamos. O futebol está em crise e começámos a nossa actividade exactamente quando tudo isto entrou em queda livre".
Novas regras... projecto em frente. O sonho dos Nunos "teve pés para andar, porque agora, o depósito bancário pode ser substituído por um seguro de responsabilidade civil - que não há em Portugal e estamos a fazê-lo em Itália - e a outra novidade é o exame. Fomos aprovados para o exame e tivemos mais pontos dos que os dois terços exigidos. Por isso, somos 'agentes de jogadores licenciados pela FPF'. É esta a nova designação dos representantes de jogadores".
Expectativas? "Não temos pressa, muito embora possa dizer que a crise existe, é verdade, mas muitas vezes, no meio das dificuldades, ainda se lembram que são os empresários que poderão dar uma ajuda, poderão ser a escapatória para a crise financeira. A moeda tem duas faces..."
O "senhor dez por cento"
Dirigentes-empresários. Uma relação tão difícil assim? "Não. Apesar da recessão, a mentalidade está a mudar e o empresário já não é visto como o 'senhor dez por cento', como há algum tempo. Chegámos a ouvir expressões como "traficantes de carne humana". E estamos nisto há dois anos...
Felizmente, hoje, já se consegue trabalhar em parceria com alguma facilidade. Óbvio que há interesses mútuos, mas os dirigentes desportivos já começam a perceber que os empresários, no seu trabalho, promovem os jogadores e, ao fazê-lo, estão a defender os interesses dos jogadores, claro, mas dos clubes, também. Assim sendo, as funções completam-se, não se chocam.
Claro que se questiona, muitas vezes, os porquês de os jogadores terem os seus representantes; no entanto, se se analisar bem a nossa missão e função, conclui-se, com facilidade, que importa libertar o atleta de situações que poderão afectar o seu rendimento diário. Desde que haja confiança mútua, o representante de um jogador é fundamental. Para ele e para o clube que representa."
«Não chegámos à SuperLiga...»
Natural a ambição de ter, em "carteira", jogadores do top. Mas para quem "ainda agora começou"... "é muito difícil subir a escada de forma apressada. Nem o queremos fazer. Por isso, temos consciência que, para já, temos de trabalhar com os clubes da III Divisão, da II B e da II Liga. Nos da SuperLiga não é fácil lá chegar. Chegaremos, não temos dúvidas, mas deixe dar tempo ao tempo. Uma coisa corre a nosso favor e será a grande arma para podermos crescer: passar a informação para os nossos contactos no estrangeiro, sobre os excelentes jogadores que há em Portugal. Por aí podermos ganhar credibilidade, podermos cimentar a imagem de rigor e verdade e o resto, naturalmente, virá por acréscimo! Tudo isto sem pressas, sem a mínima ansiedade".
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