As altas temperaturas não convidavam para um jogo de futebol.
As altas temperaturas não convidavam para um jogo de futebol. Mas a causa superava tudo. Antigos futebolistas, e não só, juntaram-se para um jogo solidário no campo do Tenente Valdez, na Pontinha, em Odivelas, para ajudar Paulo Morais.
Para perceber toda a história é preciso fazer a contextualização. Paulo Morais, hoje com 41 anos, formou-se no Sporting e até chegou à equipa principal - na época 1993/94 era o terceiro guarda-redes, atrás de Costinha e Lemajic. Passou depois por Estoril e Sp. Braga, onde jogou na 1.ª Divisão, seguindo-se praticamente uma dezena de clubes ao longo dos anos. Juntam-se ainda 36 internacionalizações, dos sub-16 aos sub-21. Na época passada representou o Flamengos, da Associação de Futebol da Horta, Açores.
Este é o resumo do passado, agora fazemos-lhe o retrato do presente: está desempregado e a passar dificuldades. Também por culpa própria, algo que assume sem rodeios. "Tive um vício. Não tem nada a ver com drogas nem jogo, mas sim com carros. Trocava de carro de dois em dois ou de 3 em 3 meses e quando reparei já não tinha dinheiro. Devo ter gasto à volta de 200 mil euros", explicou a Record.
Agora, luta por uma segunda oportunidade, muito por causa dos 5 filhos, dos 5 aos 17 anos. E esse é o apelo que faz através de Record. "Infelizmente, 4 dos meus filhos não vivem comigo. Há obrigações que temos de cumprir e a verdade é que eu não consegui cumpri-las. E eu quero contribuir porque eles não têm culpa de nada. O que aparecer a nível de trabalho que venha. Estou cá para a luta, arregaço as mangas, e nem me preocupo se é no futebol, quero é um trabalho. Se não souber aprendo porque ninguém nasce ensinado. Sei que há pessoas muito boas que me poderão dar uma oportunidade", confessou, emocionado.
Para já, fica a gratidão por todos os que se juntaram para ajudá-lo. Além de bens de primeira necessidade, houve também donativos monetários. "Só me posso sentir feliz por saber que tenho muitos amigos dentro e fora do futebol", apontou Paulo Morais. E como se costuma dizer, os amigos são para as ocasiões. Principalmente quando não são as melhores.
Compreensão e apoio
Aurélio Pereira passou a liderar o departamento de recrutamento de futebol do Sporting em 1988. Foi mais ou menos na mesma altura em que Paulo Morais começou a formação nos leões. Mais de 20 anos depois, fica o sentimento de apoio e compreensão. "O Paulo é um bom miúdo, de bairro, nunca teve comportamentos desviantes. A vida não lhe correu como desejava, assumiu alguns erros mas pode acontecer a qualquer um. O que interessa é que todos nós possamos ajudar a resolver uma questão que até pode ser passageira", atirou.
Beto, antigo capitão do Sporting, aproveitou o caso de Paulo Morais para reforçar o que falta no futebol. "É importante que haja união na categoria do ex-jogadores. Neste caso é o Paulo Morais que precisa de carinho e acho que temos de ser mais unidos porque por detrás de um jogador há uma pessoa, uma família, uma dedicação. É muito fácill apontar o dedo mas pode acontecer a qualquer um, no futebol ou noutras áreas", lembrou.
Nuno Valente também contribuiu e continua a torcer pelo amigo. "Jogámos juntos na formação do Sporting a partir dos 10 anos e é sempre bom revê-lo, independentemente da situação. Acredito que irá ter um futuro feliz ao lado da família e espero que tenha sorte", desejou.
Vitorianos ficam com a maior fatia, de 4.910 euros
Capitão da Seleção Nacional fez publicação nas redes sociais
Kristian Bereit anunciou nas redes sociais que irá representar o médio do FC Porto a partir de 2026
Selecionador admite equacionar Quenda e Mora e vai decidir entre Houston e Miami como base no Mundial
Jovem defesa do Boca Juniors fez confissão aos jornalistas
Avançado uruguaio de 38 anos deve rumar ao Nacional de Montevideo
Estudo mostra que os jogadores têm mais dificuldades em se impor ao saírem muito jovens dos seus países
Belgas e holandeses também perderam