Norrkoeping -- A selecção portuguesa sagrou-se segunda-feira, em Norrkoeping, campeão europeu de sub-18 pela segunda vez, ao bater, com inteira justiça, a Itália por 1-0. Para Agostinho Oliveira, tratou-se do segundo título da categoria e do terceiro enquanto seleccionador das camadas jovens [ver quadro].
Foi (novamente) uma vitória sofrida. Após uma primeira parte perfeita, culminada com intenso domínio de jogo e o golo de João Paulo, aos 32 minutos, a selecção das "quinas" abrandou o ritmo no segundo tempo, muito por culpa da expulsão do "trinco" Semedo, aos 63 minutos. Os italianos encostaram os portugueses à rede, mas mesmo com dez, os pupilos de Agostinho Oliveira chegaram e sobraram para a Itália, equipa generosa mas pouco lúcida nas acções ofensivas. No plano táctico, Portugal deu um "banho" à Itália. Uma raridade...
O jogo começou com Portugal balanceado ao ataque, face à inexistência de um médio-esquerdo italiano (uma constante neste Europeu) e à presença de dois pontas-de-lança portugueses possantes, habilidosos e "brigões": Pepa e João Paulo (uma novidade). Na primeira parte, a "squadra azzurra" só conseguiu incomodar Pedro Albergaria por uma vez: ao minuto 16, quando um remate do nº 10 Maresca embateu na barra, na transformação de um livre directo. Pelo contrário, os portugueses nunca tiraram o pé do acelerador e eram frequentemente vistos no meio campo contrário. Sobretudo o lateral-direito Pedro Costa, que andou em campo mais adiantados do que o habitual, mercê da tal inexistência de um médio-esquerdo italiano. Assim, Portugal atacava com cinco elementos (os restantes quatro eram Pepa, João Paulo, Duda e Filipe), o que incomodava seriamente a defesa contrária. Durante a meia hora inicial, Portugal criou quatro ocasiões de golo, através de Pepa (6 m), João Paulo (9 m) e Duda (13 m e 23 m). Até que chegou o minuto 32. O central Ricardo Fissore -- esteve em dúvida até à hora do jogo -- perdeu a bola perto da área, Pepa, astuto e rápido, aproveitou a deixa, correu uns metros, cruzou ao primeiro poste, onde apareceu João Paulo a concluir "à ponta-de-lança", com um remate cruzado e indefensável.
A reacção italiana não existiu. A bem organizada defesa portuguesa, ontem com três centrais, susteve, sem aparente dificuldade, os ataques inconsequentes dos italianos.
DEFENDER RESULTADO
A segunda parte começou como a primeira: com Portugal ao ataque. Aos 52 minutos, Pepa obrigou Bagnacani à defesa da tarde, com um "tiro" disparado do lado direito. Onze minuto volvidos, Portugal perdeu o "trinco" Semedo, expulso com justiça, após entrada dura sobre um italiano. Temia-se o pior para Portugal. Mas não. A Itália não soube reagrupar-se e nunca conseguiu entrar na teia defensiva portuguesa, formada por excelentes jogadores, em especial os centrais Vasco Faísca e Tonel. Aliás, este último que efectuou um corte decisivo aos 88 minutos, na sua última acção no jogo.
No final, Portugal pode ser considerado um justo vencedor do jogo e do Europeu. Afinal, venceu três dos quatro encontros disputados e só sofreu um golo... na própria baliza (inédito a nível nacional).
Mal o árbitro cipriota (assobiado na hora de subir à tribuna) Costas Kapitanis deu por terminado o jogo, a alegria no campo e nas bancadas foi imensa. A maioria das pessoas presentes no Estádio Idrottsparken nunca se cansou de puxar por Portugal e a recompensa estava à vista. Então quando os jogadores subiram à tribuna para levantar o troféu, o estádio enlouqueceu. Um justo prémio para os sub-18 portugueses em quem ninguém apostava.
PEPA, MELHOR EM CAMPO
Os observadores da UEFA elegeram o avançado benfiquista Pepa como o homem do jogo. Pela terceira vez neste Europeu, um jogador português merece tal honra, depois de Ernesto frente à Grécia e de Vasco Faísca diante da Suécia.
O lateral-direito Pedro Costa recebeu, por seu lado, o prémio do "Fair Play" da final.
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