É NA forma de um livro, da autoria da professora Cristina Almeida, que o Centro de Estudos e Formação Desportiva apresenta os resultados de um estudo de nível nacional no qual se determina de o perfil social e se caracteriza a actividade e a formação dos treinadores portugueses.

O resultado do estudo, que abrangeu mais de dois mil técnicos e contou com a colaboração de 42 federações desportivas, revela alguns dados interessantes que, segundo Fiúza Fraga, director do CEFD, “não são definitivos, são exploratórios”.

Entre os resultados, destaque para o facto de 30% dos inquiridos revelar não ser remunerado, sendo que uma maioria de 82% exerce a actividade de treinador como profissão principal. No universo dos treinadores, quase 90% são homens, 92% foi praticante desportivo, sendo que 80% foi praticante na modalidade em que agora é treinador. A distribuição dos inquiridos por escalões etários revela que 30% estão entre os 36 e os 45 anos e 28% entre os 26 e os 35. Os grandes centros urbanos acolhem a maioria dos treinadores – Lisboa 21,2% e Porto 16,7% –, enquanto no futebol é onde existe uma maior concentração (25,2%), seguindo-se o basquetebol (16,7%).

Aproveitando o lançamento do estudo, em cerimónia realizada no auditório do Centro de Medicina Desportiva e que contou com a presença do ministro José Lello, foi apresentado o diploma que irá regulamentar o regime jurídico da formação de treinadores a partir de 2002. O diploma deverá ser aprovado em Conselho de Ministros em Setembro.