'Hacker' deu detalhes da forma como a GIC Corporation foi criada e utilizada
Numa publicação na rede social Twitter, Rui Pinto deu conta do processo que levou à criação da GIC Corporation SA, uma sociedade que, no entender do 'hacker', "foi utilizada por César Boaventura na elaboração de um conjunto de contratos que envolveu as SAD do Benfica e do Atlético CP."
Rui Pinto lembra ainda que a mesma sociedade foi utilizada para adquirir metade do passe de Mika ao Benfica - "uma negociação realizada por César Boaventura directamente com Luís Filipe Vieira, e que se traduziu numa cedência a custo zero" -, tendo posteriormente cedido esses mesmos direitos "para a esfera da Splendivedeta Unipessoal Lda, constituída em 12 de junho do mesmo ano, e detida a 100% por César Boaventura. Sociedade entretanto dissolvida e liquidada em fevereiro deste ano."
A GIC Corporation SA terá sido registada "por uma empresa gestora de offshores liderada por Reto Scherraus-Fenkart, cônsul honorário da Suíça em São Tomé e Príncipe, e com fortes ligações a Portugal, e por Ana Lucas, alegada notária Portuguesa". A finalizar, uma denúncia: "O grau de opacidade da GIC é tal, que 8 anos depois da sua constituição, ainda não tinha sido comunicada à Administração Fiscal o inicio da actividade, não foi apresentada qualquer declaração de rendimentos, e nunca foi efectuado qualquer pagamento dos impostos devidos."
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— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) October 13, 2021
Em 28 de Novembro de 2012 foi criada em São Tomé e Príncipe uma sociedade anónima offshore denominada GIC Corporation SA.
Este tipo de sociedades rege-se pelas normas do Decreto-Lei nº 70/95, de 31 de Dezembro, conhecido como Regime das Sociedades Anónimas Offshore.
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Essa sociedade teria forçosamente um capital mínimo exigido de 5000 USD, e um mínimo de 2 sócios, e foi utilizada por César Boaventura, na elaboração de um conjunto de contratos que envolveu as SAD do Benfica e do Atlético CP.
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A SAD do Atlético CP foi detida a partir de 2013 pela Anping Sports Agency, de Eric Mao, cidadão Chinês fortemente associado a esquemas transnacionais de match-fixing, como se pode ler neste artigo publicado em 2018 no âmbito do #FootballLeakshttps://t.co/Gynh2UQQfF
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A GIC Corporation SA anunciou a 26 de Janeiro de 2014, através da sua página de Facebook, que adquiriu 50% do passe do atleta Mika ao Benfica.
Uma negociação realizada por César Boaventura directamente com Luís Filipe Vieira, e que se traduziu numa cedência a custo zero.
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Esses 50% dos direitos económicos do atleta Mika passaram, poucos meses depois, para a esfera da Splendivedeta Unipessoal Lda, constituída em 12 de Junho do mesmo ano, e detida a 100% por César Boaventura. Sociedade entretanto dissolvida e liquidada em Fevereiro deste ano.
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O advogado e especialista em Direito do Desporto, Luis Cassiano Neves, e Abel Silva, ex-jogador do Benfica, condenado no processo Jogo Duplo, por práticas de match-fixing, são outros nomes com poderes de representação da sociedade GIC Corporation SAhttps://t.co/yFdvovKQMx
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O registo dessa sociedade foi elaborado por uma empresa gestora de offshores liderada por Reto Scherraus-Fenkart, cônsul honorário da Suíça em São Tomé e Príncipe, e com fortes ligações a Portugal, e por Ana Lucas, alegada notária Portuguesahttps://t.co/SzkX5r0bxd
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O grau de opacidade da GIC é tal, que 8 anos depois da sua constituição, ainda não tinha sido comunicada à Administração Fiscal o inicio da actividade, não foi apresentada qualquer declaração de rendimentos, e nunca foi efectuado qualquer pagamento dos impostos devidos.
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