Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, fez um alerta sobre a necessidade de garantir a segurança das futebolistas. "Falta garantir um lugar seguro para as nossas filhas, que os balneários não sejam lugares de abusos e de medo. Falta solidariedade: que aqueles que têm mais e vivem melhor não esqueçam os outros. Uma sociedade mais inclusa. Muito obrigado às jogadoras pelo que nos deram nos últimos anos", referiu o dirigente, durante a Gala das Campeãs, organizada por Record.
O dirigente expressou que "o futebol feminino não pode ser apenas uma bandeira política", mas sim "uma realidade que as jovens encarem como uma opção profissional, que possibilita comprar casa ou carro e possibilite poupança." Assim, deixou o apelo para o futuro. "Falta tornar a Liga BPI profissional. No mínimo, um contrato profissional a cada jogadora, um contrato coletivo de trabalho, que permita uma atividade regulada e transparente", descreveu, à espera que essa medida "ocorra ainda no mandato de Fernando Gomes."
Evangelista, de resto, puxou ao passado para descrever o presente. "Quando em 2012 convidei a Carla Couto e a Edite Fernandes, estávamos a antecipar o futuro: a profissionalização, numa altura em que imperava a carolice", disse com um agradecimento ao nosso jornal.
"De lá para cá, muito mudou, muito obrigado ao Record por esta iniciativa.
Mudou a sociedade, que cada vez mais clama pelo fim da discriminação e por um maior empoderamento das mulheres. Mudou a visão da FIFA e da UEFA. E mudou, sobretudo, a atitude das jogadoras, que exigem cada vez mais respeito", frisou.
Por Record