Defesa internacional portuguesa do Benfica, de 35 anos, falou sobre temas fortes do futebol feminino e abordou também a grave lesão que sofreu
Ana Borges concedeu uma entrevista à revista 'Woman' em que fez uma viagem pela carreira e também abordou temas fortes do futebol feminino. A defesa internacional portuguesa de 35 anos, atualmente a representar o Benfica, defendeu o direito das jogadoras de serem mães, realçando o papel fundamental do Sindicato dos Jogadores nesse processo através do acordo coletivo de trabalho, que prevê a proteção das mesmas em temas como a maternidade e o salário mínimo.
"É uma mais-valia, até porque se calhar há muitas jogadoras que gostavam de ser mães mas têm receio a nível de contrato. As empresas e os clubes podem ter a ideia de despedimento ou cortar nos salários e isso é uma mais-valia para garantir que as mulheres têm esse direito, porque é um direito. Acho que ser mãe é a coisa mais bonita e, enquanto mulheres, é isso que nós queremos. O Sindicato está a lutar por isso, para o nosso bem, e é uma mais-valia", considerou.
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"Quanto às condições dos salários, acho que é uma luta que ainda vai durar algum tempo mas estamos a dar bons passos nesse sentido. Há cada vez mais jogadoras a viver do futebol, agora também temos a plena noção de que muitos clubes não conseguem suportar esses custos e muitas jogadoras acabam por ser prejudicadas por isso", acrescentou.
A craque das encarnadas considerou ainda que o preconceito com o futebol feminino está a desaparecer com a mudança de mentalidade: "Obviamente se calhar ainda há algum, mas nada a ver com o que era quando comecei a jogar futebol, que havia muito. Hoje já não há tanto. Há cada vez mais pessoas a ir aos estádios ver futebol feminino, e a prova disso são os recordes que batemos na Seleção ou nas fases finais da Taça de Portugal. Isso também quer dizer muito daquilo que tem sido a evolução."
"O facto de as ditas equipas grandes terem apostado no futebol feminino também deu abertura às pessoas para acompanharem mais a evolução, quererem saber mais de nós enquanto mulheres e, claro está, depois a partir do momento em que conseguimos atingir as fases finais cada vez há mais pessoas a quererem ver e acompanhar. Isso também tem vindo a ser notado pelos mais pequenos. Vejo muitos meninos a querer ir aos jogos de futebol feminino. Isso diz muito", salientou.
De resto, falou também sobre a lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo que a impedirá de dar o seu contributo nos próximos meses: "Ainda vai ser algum tempo fora dos relvados, vai ser um processo longo, no entanto quem está no Benfica só pode pensar em conquistar o máximo de títulos possível. A história também fala por isso mesmo, a quantidade de títulos que o Benfica já tem em 6 anos de existência diz muito daquilo que é o projeto Benfica."
"Gostava de estar lá dentro, porque quero ajudar e ganhar títulos, mas sei que elas vão fazer um grande trabalho e quando eu voltar vou ser mais uma para ajudar a equipa. Vou estar um bocadinho fora do terreno de jogo, mas sempre de fora a apoiar com a expectativa de voltar o quanto antes e bem. também para ajudar", terminou Ana Borges.
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