Ex-treinador do PSG foi ameaçado para não utilizar jogadora: «Chamavam-lhe cadela suja»

Didier Ollé-Nicolle revelou detalhes sobre a temporada 2021/22 no emblema francês

• Foto: Reuters

Didier Ollé-Nicolle, antigo treinador da equipa feminina do PSG, revelou detalhes sobre a temporada 2021/22 da equipa francesa. O técnico, absolvido das acusações de abusos sexuais que levaram à sua saída no final dessa época, disse ter sido ameaçado por um agente e que viveu um verdadeiro pesadelo.

"É horrível e catastrófico. Sentes-te sujo, mais do que sujo. É cruel. A nível humano e profissional é a coisa mais terrível que pode acontecer. Sou treinador há anos, não tive o mínimo problema, nem sequer com os árbitros. Sou um treinador-educador, não sou um homem do espetáculo. É um mundo que eu não conhecia. A polícia disse que eu tinha lidado um crime organizado", começou por afirmar numa entrevista ao jornal 'Ouest-France' depois de ter sido questionado sobre as acusações de que foi alvo. O treinador foi acusado de alegadamente ter tocado nas nádegas de Diani, agora no Lyon, com um taco de basebol. 

Didier Ollé-Nicolle revelou também as ameaças de que foi alvo para deixar de utilizar Hamraoui: "Recebi uma chamada do então namorado de Diani e agente de Katoto e Diallo. Disse-me: ‘Não quero ver mais a Hamraoui em campo’. Não aceito que um agente me telefone e tome decisões por mim. Em abril telefonou a Ulrich Ramé [coordenador geral do PSG], que lhe disse que eu não ia ceder. O agente deu-lhe a entender que me ia deitar abaixo, que seria uma história de viciação de resultados, drogas ou sexo. Penso que o PSG sabia de tudo, mas foi cauteloso porque queria manter a Katoto". 

O treinador garantiu que Diallo, Katoto e Diani não gostavam nada de Hamraoui: "Tinham um ódio feroz. Chamavam-lhe de cadela suja. No último minuto do treino antes da meia-final da Liga dos Campeões frente ao Lyon, houve um pequeno choque entre Baltimore e Hamraoui. Katoto, Diani e Diallo foram direitas a Hamraoui e começou uma luta". 

Recorde-se que, numa primeira fase da investigação, Diallo esteve em prisão preventiva por fortes indícios de ter estado envolvida na agressão brutal de que Hamraoui foi vítima em novembro de 2021. Hamraoui foi agredida com uma barra de ferros nas pernas e as autoridades acreditavam que Diallo foi a mandante do ataque por "ciúme profundo" e "ódio real".

Por Record
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