Fernando Gomes: «Vamos duplicar o apoio ao futebol feminino»

Presidente da FPF assume que plano estratégico espera "chegar às 75 mil atletas em 2030"

• Foto: Fernando Ferreira

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, anunciou, entre várias medidas, um reforço do investimento no futebol feminino para a próxima época.

"Temos um plano estratégico em que esperamos chegar às 75 mil atletas em 2030. No orçamento recentemente aprovado pela direção da FPF e que será submetido à Assembleia Geral em junho, ficou definido que vamos duplicar o apoio ao futebol feminino. As nossas seleções passam por investimento de cerca de 4 milhões de euros. Os clubes da Liga BPI terão um apoio de 2 milhões. A presença no Mundial está a ter um impacto fantástico. No final da próxima época, os dois primeiros classificados da Liga BPI estarão apurados para a Liga dos Campeões. Para espanto de todos, Portugal começará a época 2023/24 no 6º lugar do ranking de clubes feminino da UEFA. Temos assistido a uma revolução silenciosa do futebol feminino", começou por referir o líder do organismo, à margem da 2.ª Conferência Bola Branca, sobre "Talento, Ética e Igualdade no Desporto", promovida pela Rádio Renascença e pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude, anunciando ainda "diversos programas de apoio aos clubes". "Com o dinheiro da venda das duas anteriores sedes da FPF serviu para construir balneários, melhorar iluminação, pintar estádios e inúmeras obras por centenas de clubes por esse país fora. Recentemente lançámos o Programa crescer 20/24 com o mesmo propósito."

No seu discurso, Fernando Gomes abordou ainda a falta de praticantes em Portugal e que é preciso despertar para a necessidade de incrementar essa questão.

"Sou presidente da FPF há 11 anos e meio e tenho o orgulho e o privilégio de ter vivido momentos únicos que foram fruto de muito trabalho e planeamento estratégico e de uma junção de talento, qualidade e propósito. A procura de talento é uma obrigação para a FPF. Uma das nossas missões é criar condições para que não se perca o talento e que este se possa desenvolver. Precisamos de alargar a base de recrutamento, de trazer mais rapazes e raparigas para a prática desportiva e de mais treinadores e dirigentes, mais também de mais e melhores infraestruturas. Vivemos no país que menos atividade física pratica da Europa. O aumento do número de federados não chega. O rácio de praticantes versus população é cerca de 2 por cento, muito baixo", reforçou Fernando Gomes.

Por André Zeferino
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