Em entrevista ao site oficial do Benfica, a internacional portuguesa recorda o regresso a Portugal para jogar no clube do coração
Jéssica Silva concedeu esta segunda-feira uma entrevista aos canais oficiais do Benfica, onde recordou o regresso a Portugal para representar o clube do coração. "Só voltei a Portugal porque era para jogar pelo meu clube. É especial, pela conotação que o Benfica tem para mim e para a minha família: para a minha avó, para o meu avô, para o meu pai. As coisas correrem-me bem, eu sentir-me bem no meu clube, porque já estou adaptada, é especial, é muito bom para mim, deixa-me contente estar a passar uma das melhores fases da minha vida representando o meu clube", começou por dizer a avançada internacional portuguesa, afirmando que o regresso a casa causou alguma apreensão no início.
"Era uma realidade que me assustava um bocadinho, mais pela parte competitiva, por eu saber que o Campeonato não era forte, que havia poucas equipas a investir de forma séria como faz o Benfica, e isso, naturalmente, causava-me alguma ansiedade e muitas noites sem dormir, porque tinha de tomar uma decisão sobre vir ou não vir, mas já estou completamente adaptada, ainda que às vezes me custe esta falta de competitividade no Campeonato português, mas é um caminho que estamos todas a percorrer, e eu estou feliz por ajudar no processo de crescimento quer da Liga, quer do Benfica. Muito honestamente, custou-me a adaptação não só à competitividade da Liga, mas também à realidade, à dinâmica de treino aqui no Benfica, mas acho que é normal, é sempre uma mudança", disse.
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O nível de competitividade no campeonato nacional de futebol feminino ainda é um problema que Jéssica Silva considera que Portugal terá de resolver. A avançada reclamou das condições de alguns relvados, assumindo que sente-se "desprotegida" em alguns jogos.
"Ainda não temos um Campeonato profissional, ou todo ele profissional. Há equipas profissionais, duas ou três, e provavelmente nem todas as jogadoras têm as mesmas condições ou nem todas estarão satisfeitas, portanto, há aqui um processo por concluir. Continua a haver sintéticos impraticáveis – eu joguei na Suécia, e aí também havia sintéticos, mas eram incríveis. Acredito que em poucos anos isso seja mudado. Sinto-me desprotegida quando vou jogar a alguns campos, e acho que devemos pensar na proteção das jogadoras. São sintéticos de cimento. Mas acredito que já se estará a trabalhar para que as condições sejam melhoradas quer a nível de campos, quer a nível de infraestruturas para todo um futebol. É pensar nisso como uma etapa para a profissionalização da jogadora portuguesa."
Jéssica Silva assume-se como "uma jogada muito intensa", capaz de transmitir todas as suas emoções dentro de campo. Ainda assim, a avançada considera ser "importante" passar alegria para quem assiste aos jogos. "Como jogadora de futebol, sou uma apaixonada por aquilo que faço, e tento transmitir isso no meu jogo. Talvez seja por isso que me tratam dessa forma. Sou uma jogadora muito intensa, nota-se quando estou triste e quando estou feliz. Tem sido uma época positiva, e é natural que as pessoas sintam essa minha alegria, porque, para mim, é importante passar, para as pessoas que nos estão a ver, a felicidade por estar a fazer aquilo de que tanto gosto", terminou.
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