À margem do treino aberto do Chaves realizado na tarde desta quarta-feira, Marco Alves, técnico escolhido para comandar os flavienses esta temporada e com a missão de devolver o clube à 1.ª Liga, falou pela primeira vez aos jornalistas, mostrando-se feliz pelo regresso e ciente da responsabilidade que terá pela frente.
"Regressar aqui a Chaves, à cidade, é sempre bom, e ao Desportivo ainda mais. É sempre melhor regressar quando se tem um passado que correu bem, que é o meu caso, porque fiz parte de uma equipa técnica que teve imenso sucesso aqui. Em Guimarães diz-se que os vimaranenses têm uma ligação especial com os flavienses e eu também tinha, mas esse gosto pelo clube aumentou muito mais nesses dois anos e meio que passei cá. Estou feliz por chegar aqui, agora noutras funções, e agradeço, desde já, à administração pela oportunidade que me concede e pela confiança que demonstrou ter em mim. Espero abraçar este projeto com toda a força e toda a motivação para no final ser bem sucedido", começou por referir o antigo adjunto de Vítor Campelos.
Responsabilidade: "Quando me foi proposto este projeto, sabia perfeitamente da responsabilidade que ia assumir. Treinar o Chaves é uma responsabilidade imensa, mas milhares de pessoas gostariam de estar no meu lugar. É uma responsabilidade que eu quero assumir, porque sei que tenho à minha gente que me vai ajudar a ter sucesso."
Ambição de lutar pela subida: "No Chaves é impossível entrar para empatar. O Chaves vai entrar em todos os jogos com o objetivo de ganhar os três pontos e ao fazer isso vai estar nos lugares cimeiros. Sabemos como é a 2.ª Liga, raramente há uma equipa que se destaque muito das outras, os campeonatos resolvem-se na parte final e nós queremos chegar a esse momento a poder estar nessa luta."
Plantel: "É dia 3 de julho, nenhum plantel do mundo está fechado. De certeza absoluta que vai entrar gente e há a possibilidade sair alguém. Estando o mercado aberto, há sempre essa possibilidade. Confio nos que cá estão, mas brevemente teremos outra novidades e tenho a certeza que vamos ter um plantel digno da história do Chaves e das nossas ambições."
Papel dos adeptos: "Queremos fazer pontes com os nossos adeptos. Sabemos o apoio que nos dão e são fundamentais. Gostava que viessem em maior número, mas isso também depende do nosso trabalho, porque se apresentarmos vitórias e bom futebol mais facilmente eles nos vêm apoiar."
Saída de Héctor Hernández precisa de ser colmatada? "Estamos à procura de um avançado, que faça golos se possível, mas o mais importante é que a equipa faça golos."
Emprestados e jovens da equipa B entram nas contas? "São jogadores que estão a ser avaliados e em princípio farão parte do plantel, mas o processo entre a equipa B e A não é fechado. Pode haver troca de jogadores, dependendo do trabalho de cada um."
Por Paulo Silva Reis