O Chaves desloca-se, pelas 15h30 deste sábado, ao Fontelo para defrontar o Ac. Viseu, em jogo a contar para a 8.ª ronda da 2.ª Liga. O técnico dos flavienses, Filipe Martins, reforçou a vontade de manter a invencibilidade no campeonato, onde não há "nenhum jogo fácil", perspetivando um encontro frente a um "candidato à subida de escalão".

Este é um jogo importante e um teste à invencibilidade? "Para nós, todos os jogos são importantes. O próximo é sempre o mais importante de todos. Acho que ainda não tivemos nenhum jogo fácil e não o espero até ao final do campeonato. Um jogo à semelhança dos últimos dois, com um candidato à subida de escalão e, apesar de não ser decisivo, porque para o Académico pode apenas aproximá-los do objetivo, é algo que nos obriga a focar no nosso trabalho. Queremos manter a invencibilidade e queremos ser regulares. Amanhã é mais um adversário difícil, do lado contrário temos uma equipa que vai jogar como se fosse uma final e temos que igualar esse sentimento. Dependemos apenas e só de nós para entrar na zona de acesso direto à 1ª Liga. Isso tem de ser um favor motivador. Esperamos uma entrada forte por parte do Ac. Viseu, que vem de uma vitória na Taça, onde foi muito competente contra o Gil Vicente, que está a ser uma das surpresas da 1ª Liga. Não vamos às escuras para o jogo, mas preparámos vários cenários, pela forma de defender do Ac. Viseu. Só tivemos um jogo como amostra, só deu para tirar um bocadinho do processo ofensivo do Ac. Viseu. Sobre o processo defensivo, preparámos várias formas de sermos pressionados. Nesse sentido, temos de entrar muito ligados."

O facto de estar condicionado no meio-campo, sem Pelágio e João Teixeira. "Fazem-nos falta, é óbvio. Mas desde o primeiro dia que estou nesta profissão, sei que temos que arranjar soluções. Estas soluções para as posições de raiz depende de nós. Temos o Gabi, que pode jogar ali e jogou bem contra o Benfica e o próprio Carraça. Conhece bem todas as posições, já jogou como central, lateral e médio, este ano. O Ktatau e o Pinho também vão dar uma boa resposta. Acho que estamos preparados para tudo. É um momento em que são fortes, é a transição ofensiva. Temos que fazer faltas úteis e parar as investidas cá atrás. É importante ter esta consistência defensiva. Acaba por ser o ponto de partida, porque, do lado inverso, temos marcado em todos os jogos, é muito importante. Amanhã vai passar muito por aí, temos um momento forte na transição ofensiva e precisamos de ter confiança nas nossas opções."

Teme a chicotada psicológica que ocorreu no Ac. Viseu com o Gil Vicente? "Acho que o Ac. Viseu tinha um excelente treinador. O Sérgio Vieira é extremamente competente. Isto dos resultados acaba, muita das vezes, por culpar primeiramente o treinador. Há uma reação natural dos jogadores, acabam por pressentir que é um novo foco e nós temos de perceber que é psicológico. O que vai definir isso é o nosso comportamento. Teve um efeito, sim, mas nós só temos que continuar o nosso trabalho. Acredito muito na competitividade, mas não acredito que o Ac. Viseu esteja mais identificado com o seu modelo de jogo do que a minha equipa está com o meu. O que vai fazer ganhar um jogo é o facto de serem mais competentes. O resto são escapes mentais, mas temos muita coisa a melhorar."