Guarda-redes do Chaves considera que feito histórico pode representar uma oportunidade inédita para o desenvolvimento do país
A presença inédita de Cabo Verde num Mundial de futebol oferece uma oportunidade única ao país a nível desportivo, social e cultural, além de representar o ponto alto da carreira dos tubarões azuis, afirmou esta quinta-feira o internacional Vozinha.
"Para mim e para todos os jogadores, foi a melhor coisa que aconteceu durante a nossa carreira. Era algo que a seleção e o país já andavam procuravam há muito tempo e [consegui-lo] nos 50 anos da independência de Cabo Verde é um motivo de muita satisfação e orgulho. Foi uma felicidade enorme ver a alegria do povo", reiterou Vozinha, internacional pela seleção cabo-verdiana, à margem do treino que marcou o seu regresso a Chaves.
Na segunda-feira, Cabo Verde assegurou uma das nove vagas diretas de qualificação africana para o Mundial'2026, ao vencer na receção ao Essuatíni (3-0), na Praia, para a 10.ª e última jornada do Grupo D, terminando com 23 pontos, contra 19 dos Camarões, segundos classificados e recordistas de presenças em fases finais no continente (oito).
Para Vozinha, este feito histórico pode representar uma oportunidade inédita para o desenvolvimento do país.
"O mais gratificante disto é saber que a qualificação pode mudar muito no nosso país em termos desportivos, sociais, culturais e em termos de infraestruturas, [além de] mostrar que Cabo-Verde tem muita qualidade e mostrar [o país] ao mundo", defendeu o também guarda-redes do Chaves.
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Vozinha destacou, ainda, que a qualificação era um objetivo antigo dos tubarões azuis, acreditando que tal foi agora possível devido à qualidade e união do plantel.
"O caminho já vem de há muitos anos, já era um projeto da Seleção conseguir a qualificação para o Mundial desde 2014, (...) mas [sempre estivemos convictos] de que era possível. Os jogadores que temos hoje em dia têm muita qualidade, temos um bom grupo, sem egos e acho que foi mais por isso. Todos estavam unidos, todos sabiam que eram capazes, mesmo estando no jogo ou no banco, e acho que essa tem sido a nossa força", apontou o guardião.
Quanto às dificuldades que espera encontrar no Mundial'2026, o internacional aponta algumas seleções como as mais difíceis de bater, mas garante também que Cabo Verde vai trabalhar para dar o melhor em campo.
"Hoje em dia não há seleções nem equipas fracas, mas acho que o [top] 10 do ranking mundial são muito difíceis, Argentina, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Portugal, são muitas, mas para nós é desfrutar do Mundial. Não vamos para fazer figura, vamos trabalhar para darmos o máximo nos jogos e se conseguirmos passar à fase de grupos ou tentar ir mais longe, já será muito bom", afiançou o guarda-redes.
Natural de Mindelo, na ilha de São Vicente, Vozinha é o segundo jogador da convocatória com mais internacionalizações, totalizando 86 partidas pela seleção cabo-verdiana.
Para o guarda-redes de 39 anos, poder representar o seu país tem um significado especial, que não consegue traduzir em palavras.
"Para mim, jogar por Cabo Verde é inexplicável. Quando entro em campo pela seleção, sinto algo que não sinto em lado nenhum e ter jogado com todas essas gerações, é um motivo de orgulho e satisfação, e a nossa qualificação é o realizar de um sonho de todos os colegas com quem joguei no passado, desde a infância até agora", concluiu.
A 23.ª edição do Campeonato do Mundo de futebol decorre entre 11 de junho e 19 de julho de 2026 e vai contar pela primeira vez com 48 equipas, numa inédita organização tripartida entre Estados Unidos, México e Canadá.
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