Depois de uma reviravolta no playoff de manutenção da 2.ª Liga, o Feirense assegurou a permanência no segundo escalão. Em declarações à Sport TV, Lito Vidigal comentou a época ao leme dos fogaceiros. "Acho que foi o projeto mais difícil que já encarei. O desconhecimento da 2.ª Liga e do plantel, a falta de tempo de trabalho, a fase que o Feirense vivia, com algumas divergências entre o clube e a SAD. Foi muito exigente em todos os sentidos", conta o técnico de 54 anos.

Apesar de todas as complicações, "o objetivo foi alcançado". O treinador dos fogaceiros acredita que o "segredo" para superar o momento conturbado, foi manter o "realismo" durante toda a época, especialmente no playoff. "Sempre passei a mensagem que íamos sofrer, mas que no final íamos festejar com os nossos adeptos. Depois do primeiro jogo [do playoff] permaneci positivo e lembrei os jogadores que ainda estava tudo em aberto", frisa. 

Para a próxima temporada, o futuro de Lito Vidigal não deve passar por Santa Maria da Feira, mas ainda não há confirmações. "Ainda estou a descomprimir. Tenho de falar ainda com os dirigentes do Feirense porque temos de fechar este ciclo", afirma. Depois de uma pausa de dois anos, o treinador angolano voltou ao ativo para comandar o Feirense e mostra-se "sempre disponível para trabalhar", seja em Portugal ou fora de portas. "Tenho abraçado projetos com uma exigência muito grande. É mais fácil trabalhar quando há mais qualidade e objetivos mais ambiciosos do que lutar pela permanência. Vamos olhar para o projeto em si", afirma.

Antes de terminar, o técnico deixou ainda umas palavras sobre Diego Callai, guarda-redes que passou ainda a segunda metade da temporada no Feirense, emprestado pelo Sporting. Para Vidigal, não há dúvidas que o futuro do guardião será próspero. "É um miúdo extraordinário. Não jogou os últimos dois jogos mas teve uma importância tremenda. Ele olhou para o grupo como um todo e não só para ele. A qualidade técnica está lá, mas a humana é ainda superior. Vai ter sucesso de certeza", conclui o treinador.