Carlos André Gomes assume candidatura à presidência do Marítimo

Sócios do emblema madeirense vão a votos no dia 17 de novembro

O ato eleitoral do Marítimo está agendado para dia 17 de novembro e já tem um candidato assumido: Carlos André Gomes, de 53 anos, que trabalha na ARDIT – Agência Regional para a investigação. Olhando para o universo da formação madeirense, Rui Fontes é provável que se recandidate, estando a reunir condições para tal. Carlos Batista, um dos quatro dirigentes que se demitiram e provocaram a queda da direção verde-rubra, também deverá ir a votos.

Quanto a Carlos André Gomes tem sido nos últimos meses uma voz bem ativa na vida do clube e a marcação de eleições antecipadas foi, no seu entender, um ato normal e já esperado. "Claramente que a marcação de eleições teria de ser o caminho, mas as relações dentro da própria direção estavam de tal forma degradadas que não permitiam levar o mandado até ao seu final. Nesse sentido, claro que concordo com as eleições antecipadas", começou por dizer a Record, não demonstrado quaisquer dúvidas quanto ao melhor caminho a seguir: "Estamos a meio de uma época desportiva e quanto menos perturbação houver em torno da equipa, no momento de transição de direções, melhor. Nesse sentido, quanto mais rápido acontecer, melhor, pois há toda uma parte organizativa e uma equipa de futebol que necessita de ser resguarda da perturbação". Depois, explicou a sua posição. "Neste momento, tenho toda a disponibilidade para ajudar o Marítimo. Nesse sentido, aquilo que estou a fazer é garantir apoios que me permitam formalizar a candidatura. Está tudo bem encaminhado, mas precisamos de ter na próxima semana uma palavra dirigida para os sócios e que nos permita formalizar a nossa candidatura", afirmou, dando conta da principal prioridade da lista que preside. "Elaborar um programa que permita aos sócios saber quais são as ideias, perceber o que é que esta lista acha que é o importante para o futuro do clube, tudo isso pretendemos apresentar em breve. Vamos tentar apresentar a nossa candidatura talvez antes do dia 6 de novembro. É este é um momento em que é necessário ter serenidade e estudar o momento certo."

Quanto à suposta intenção de não se candidatar face às contas do Marítimo, Carlos André Gomes foi taxativo. "Nunca disse que não me iria candidatar. Após a AG da SAD e face ao cenário apresentado, havia que analisar os números e decidir se iria avançar. É isso que tem estado em equação, de forma a garantir um apoio para que as coisas aconteçam de forma normal sem sobressaltos. Nunca ninguém me ouviu dizer, em momento algum, que eu recuava. Obviamente, que somos responsáveis, não é querer ser candidato só pelo simples facto de o ser. Temos de ter a responsabilidade de garantir soluções que permitam que esta nossa candidatura seja de sucesso".

Miguel Silva Gouveia na lista

O anúncio foi feito por Miguel Silva Gouveia a Record, e mais tarde, nas redes sociais. O antigo presidente da Câmara Municipal do Funchal vai fazer parte da lista de Carlos André Gomes. "Não vou ser candidato. Reuni com o Carlos André Gomes e chegámos a um consenso que as nossas ideias convergem sobre o que é importante fazer para o futuro do Marítimo. Assim, irei integrar a sua lista", revelou Miguel Silva Gouveia, em declarações ao nosso jornal.

Quanto aos restantes membros que irão integrar a lista, o candidato não abriu o jogo. "Elementos que tenham feito parte de outras direções, poderá haver uma ou duas pessoas, no máximo. É uma lista de pessoas competentes, do Marítimo e que tem uma visão comum daquilo que deve ser o Marítimo no futuro e obviamente que disponibilizam a sua imagem e o seu nome para fazerem parte de um projecto que acreditam que será de sucesso", disse, abordando os possíveis apoios de alguns dos empresários mais notáveis da Região Autónoma da Madeira: "Não é questão de contar com o apoio de empresários fortes ou não. Temos é de encontrar soluções, que podem vir de muitos sectores, podem ter empresários, mas o importante é garantir que quem está connosco tem a capacidade de apresentar soluções. A seu tempo, os sócios serão informados de onde surgirão essas soluções."

No que diz respeito à possível entrada de um investidor na SAD maritimista, o candidato foi claro: "O investidor pode ser um caminho que possa ser seguido, tal como já afirmei no passado recente. Há vários caminhos, há várias alternativas que têm de ser estudadas. A solução pode ser um investidor, como pode não ser. Pode ser um investidor em conjunto com outra solução. Há várias alternativas que têm de ser analisadas, ninguém neste momento consegue definir o caminho é este. O que podemos dizer, é que existem vários caminhos que têm de ser analisados, estudados e no final decidir o que é melhor para o Marítimo que podem ser um conjunto de várias soluções que se interligam entre si."

Por João Manuel Fernandes
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