A polémica segue dentro de momentos. É o que se pode perspetivar depois de o Marítimo ter divulgado que vai realizar um treino no Seixal, esta tarde, a última sessão de trabalho da equipa de Ivo Vieira antes do encontro de amanhã com o Benfica, da 34.ª jornada, no Estádio da Luz.

Duas semanas depois de ter utilizado as instalações dos encarnados para um treino da equipa principal, situação que levantou muitas vozes discordantes, os dois clubes, indiferentes à celeuma anterior, voltam a fazer valer o que chamam "política de reciprocidade". Isto é, o Benfica cede novamente o espaço ao Marítimo em vésperas de ambos se defrontarem no campeonato e a uma semana de disputarem a final da Taça da Liga, em Coimbra.

Se há 15 dias a justificação foi que a equipa estava em trânsito de Braga para o Funchal e foi "apanhada" pela greve dos pilotos da TAP, agora o facto de ter de voltar a treinar-se em solo continental prende-se igualmente com as viagens. A antecipação da última jornada da Liga para sábado criou problemas nas ligações aéreas e obrigou o Marítimo a viajar na noite de ontem para Lisboa, um dia antes do normal, caso existissem lugares disponíveis.

Para já, o muito que se disse e escreveu sobre esta polémica parece ter passado ao lado dos responsáveis encarnados e maritimistas que, aliás, tinham desvalorizado os ataques vindos sobretudo do FC Porto. O "Dragões Diário", publicação digital dos portistas, chegou mesmo a escrever: "É amor, só pode." Do outro lado, Carlos Pereira respondeu às críticas falando em "intelectualidade baixa".

O certo é que este episódio abre espaço para nova troca de argumentos e promete um final de época marcado por mais controvérsia.