Treinador dos insulares perspetivou visita ao Felgueiras e abordou outros temas como o mercado
Depois da derrota em casa na 1ª jornada da Liga Portugal 2 Meu Super, diante do estreante Lusitânia Lourosa, o treinador do Marítimo, Vítor Matos, mostra-se agradado com a resposta dos jogadores nos treinos desta semana.
“Estivemos focados no nosso processo e na nossa forma para continuar a crescer, desenvolver o que acreditamos que vai tornar a nossa identidade mais forte. É óbvio que é muito mais fácil construir sobre resultados positivos e no último jogo isso não aconteceu, apesar de termos sofrido o golo aos 97 minutos. A uma equipa dá muito ânimo e a outra tem ver a melhor forma de se voltar a encontrar e focar no que controla, que é o dia a dia e o treino. Houve uma boa resposta da equipa, os treinos têm tido uma intensidade ótima, boa qualidade e comprometimento. É o mais importante nestes momentos”, começou por dizer o técnico maritimista, na antevisão da visita ao Felgueiras, marcada para sábado (11 horas).
Gonçalo Tabuaço e Danilovic estão castigados, enquanto Martim Tavares e Igor Julião estão lesionados. Vítor Matos não está preocupado: “Temos que ser competitivos, independentemente do onze que apresentarmos. A ambição, a paixão e a competência tem que estar lá. Isso tem de ser transversal a qualquer jogador que integre o Marítimo, pois isso, para nós, é o mais importante.”
Questionado sobre se será mais fácil jogar fora do Estádio do Marítimo, o técnico foi direto quanto ao que pretende da equipa. “Independentemente de onde jogarmos, temos que mostrar a mesma identidade e ambição. É mais fácil em casa pelo apoio dos adeptos e pela forma como a equipa se tem de encontrar com eles nesse momento. Seja em casa ou fora, o que nos garante qualidade de jogo, tem a ver com nós próprios, com o facto de controlarmos a nossa forma de jogar e de entrar em campo e isso tem de ser desde o primeiro minuto até ao último”, explicou.
Felgueiras
Vítor Matos não espera facilidades contra um adversário que também quer corrigir a derrota da 1,ª jornada (0-3 com o Leixões). “O Felgueiras é uma equipa bastante agressiva, sobretudo quando se encontra no meio campo ofensivo sem bola, é uma equipa bastante organizada, com boas dinâmicas ofensivas. Têm variabilidade a construir, com laterais bem altos e extremos bem por dentro. Contra o Leixões o resultado foi excessivo, pois o Felgueiras apresentou bastante qualidade no seu jogo, simplesmente as circunstâncias não levaram a que conseguisse materializar as oportunidades criadas. Jogam em casa e de certeza que querem dar a melhor resposta”, considerou.
A caminhar no sentido certo
O Marítimo recebeu nos últimos dias vários reforços e está ainda há procura de uma identidade própria mediante um novo líder. Vítor Matos pede paciência mas está contente com o rumo dos seus pupilos. “Quando construímos uma equipa, vemos casos na Europa de equipas que demoraram anos a conseguir a encontrar a estabilidade certa para encontrar a erguer-se no futebol europeu ou no futebol nacional. Os processos demoram tempo e criar uma cultura de jogo ou construir uma cultura demora o seu tempo. Às vezes esse tempo é mais rápido ou mais lento, dependendo de vários fatores. Neste momento sinto que as coisas estão a caminhar para o lado do caminho certo, como é óbvio os resultados positivos ajudam muito mais, a ter certezas sobre o processo que é a identidade da equipa, mas isso não nos pode desviar daquilo que é o nosso caminho e a nossa identidade”, afirmou.
Sobre o plantel que lidera e a possível falta de mais um ponta de lança, o técnico diz que está atento ao mercado que ainda está aberto. “O que sentimos falta ou não, está muito entregue aquilo que é o jogo, pois todos são diferentes. Se virmos o jogo com o Nacional, vimos de uma forma, se olharmos para o jogo com o Lourosa, já vemos de outra forma e agora temos o Felgueiras. Por isso, as necessidades vamos encontrando também dentro do próprio plantel. Neste momento estou muito contente com aquilo que é o plantel e com aquilo que são as soluções que e existem, mas é óbvio, para qualquer clube como o Marítimo, quando aparece uma oportunidade no mercado, temos que tentar a agarrar, quando consideramos que essa oportunidade nos dá acréscimo de valor e variabilidade”, afirmou o treinador de 37 anos e que vive a sua primeira experiência com técnico principal.
Com o mercado ainda em aberto, os verde-rubros ainda devem contratar mais algum atleta. “Qualquer mercado de transferências para nós tem de ser válido, no sentido de criar um ativo para o clube e isso acho que tem sido conseguido e depois, acima de tudo, acrescentarmos valor qualitativos e de variabilidade nos jogadores que temos no plantel. As duas contratações, quer do Guzzo, quer do Simbo, acrescentam isso, o mercado fecha no fim do mês e até lá, quer para entrar, quer para sair, continuamos cá”, disse Matos.
Borukov de fora “é opção técnica”
O técnico também revelou as razões para o ponta-de-lança Borukov não entrar nas contas. “É uma questão técnica. Tem a ver com o tipo de perfil do jogador, a identidade de jogo e isso é muito claro, pois fui muito claro com o Borukov quando entrei. Fui claro na minha expectativa do que é um jogador para o Marítimo, sobre a minha forma de jogar, a forma como quero que a equipa cresça, por isso, é uma opção técnica, nada mais”, assinalou.
A equipa treina amanhã, às 9h45, no Estádio do Marítimo, seguindo depois viagem para o Porto.
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