Domingo, o Caldeirão dos Barreiros deve encher para apoiar um Marítimo que leva somou três triunfos consecutivos, ocupando o terceiro lugar da 2.ª Liga. Por seu lado, o Vizela chega à Madeira na liderança, com Vítor Matos ciente das dificuldades que os insulares terão pela frente.

“O Vizela é uma das melhores equipas da Liga, isso não há dúvida nenhuma. Tem um processo muito claro em termos de ideia de jogo, sendo uma equipa agressiva na forma como defende, sobretudo no meio campo ofensivo, com marcação homem a homem, com agressividade. A forma como ataca poderá causar-mos problemas e teremos de estar preparados para reduzir isso. Vai ser um bom jogo, contra a equipa que está em primeiro lugar e com a qual nós queremos competir. Acima de tudo queremos mostrar por que razão temos a nossa forma de estar e esta forma de querer dominar o jogo”, disse o treinador maritimista, que, neste momento, ainda não olha para a classificação.

“A 2.ª Liga vai trazer muito aquilo que é a consistência ao longo do ano. Sem dúvida que o estar em primeiro pode trazer mais ou menos motivação, mas a nós não, traz sim vontade para aquilo que é olhar para o próximo jogo e encarar essa partida como se fosse uma final. Isso é importante porque  a nossa  performance tem de ser independente do lugar na classificação, principalmente nesta fase inicial. Os últimos anos de 2.ª Liga também nos têm dado essa experiência, pois há equipas que numa fase inicial estão nos primeiros lugares e depois acabam por não conseguir consolidar essa posição. E depois há o contrário, equipas que estavam nos lugares mais baixos e acabam por entrar na luta, como é o caso do próprio Vizela, que chegou ao playoff”, atirou.

Quanto à paragem do campeonato, o Vítor Matos considera que “é sempre positiva". "Permite aos jogadores que chegaram por último se adaptem e também é bom para eu eu procurar entendê-los melhor e de que forma posso retirar o melhor rendimento desses jogadores. Mas, mais que isso, esta paragem ajuda bastante a que eles se possam integrar num clube novo, estabilizar a sua vida  fora do futebol", reforçou.

Focados no processo de crescimento da equipa

Sobre a série de 3 triunfos, o técnico desvalorizou o número de vitórias e explica a sua teoria de avaliação. “O que nos foca não pode ser o resultado, mas sim o processo de crescimento. Acho que isso é mais importante do que o próprio resultado. Mas o que temos de estar preocupados e focados é com a qualidade de treino e com a qualidade do processo. Muitas vezes vamos ganhar, se calhar é a sorte que pende um pouco para o nosso lado, se calhar vamos perder e a sorte não pendeu tanto para nós. Continuo a achar que o jogo contra o Lourosa foi dos melhores que fizemos e acabámos por perder. Se calhar, como por exemplo, contra o Felgueiras, em termos ofensivos não tivemos o mesmo tipo de domínio, mas conseguimos trazer uma vitória. Essa estabilidade emocional, olhar para o jogo e entender aquilo que teremos de melhorar, aquilo foi melhor e o que temos que crescer, é mais importante que olhar por si só para o resultado, quando queremos encontrar consistência”, sublinhou.

«Parabéns à instituição Marítimo»

O Marítimo vai celebra, no dia 20 de setembro, o 115.º aniversário, com um grande evento que irá decorrer no casino da Madeira. “Parabéns à instituição e a todas as pessoas que representaram o clube. É um orgulho fazer parte de um clube com uma história tão grande, com valores tão bem vincados naquilo que é a sua instituição. É sem dúvida um grande orgulho estar aqui. Nesses 115 anos houve muitos períodos que muita gente se orgulha, é isso que devemos continuar a criar e a construir para que outros 115 anos tenham o mesmo ou mais brilhantismo que tiveram até agora”, finalizou.

Para a receção ao Vizela, o Marítimo está quase na máxima força ao nível do plantel disponível, pois o defesa Igor Julião ainda está a recuperar de uma lesão muscular, enquanto o avançado Martim Tavares  está numa fase terminal da sua recuperação de uma lesão muscular numa coxa, estando a ser reintegrado nos trabalhos com bola de forma progressiva.