Costinha está satisfeito por ser o melhor marcador do Paços de Ferreira, com golos nas duas vitórias alcançadas na 2.ª Liga, mas sublinhou que o principal objetivo é ajudar a equipa a garantir a permanência atempada.

"Em termos pessoais está a ser o melhor início de época da minha carreira, mas o mais importante é o coletivo. Se a equipa estiver bem e os objetivos forem alcançados, mais fácil será sobressair individualmente", disse o avançado, em declarações à agência Lusa.

O extremo referiu que o cabeceamento certeiro na recente vitória frente ao Leixões (3-1) nasceu de uma leitura rápida do lance e de um cruzamento "perfeito" de Francisco Ramos, ao qual respondeu com uma aceleração que lhe permitiu antecipar-se à marcação, salientando que não traçou metas individuais e apenas pretende "ajudar (o Paços) com golos e assistências".

Atual melhor marcador da equipa, com quatro tentos, a um golo de igualar o registo da época passada, Costinha admitiu que a equipa procura maior consistência, devido à entrada de vários jogadores, mas garantiu que o grupo está comprometido e focado em assegurar rapidamente a permanência na II Liga.

"Entraram vários jogadores e ainda estamos a conhecer-nos, mas o mais importante é que temos muita malta a querer jogar e ajudar, e estamos todos para o mesmo", precisou, destacando "a grande competitividade" de um campeonato em que "todos podem ganhar a todos", não conseguindo eleger equipas favoritas à subida.

Colega de Gonçalo Inácio e Tiago Gouveia nas camadas jovens do Sporting, numa formação iniciada e concluída no Torreense, Costinha assegurou que pretende trilhar o seu caminho "sem olhar para o percurso de outros".

"Estou focado em fazer uma boa época. A longo prazo, cumprindo um sonho de criança, quero chegar à I Liga", confessou o futebolista, em final de contrato com o Paços.

Habituado a atuar como extremo e também como médio interior, sublinhou que sempre apreciou ter "a bola no pé e tomar decisões", reconhecendo que o seu perfil não o direcionou para a posição de ponta de lança.

Costinha comentou ainda a realidade do clube, que atravessa dificuldades financeiras, frisando a responsabilidade de representar o emblema pacense e a forma de lidar com a exigência dos adeptos.

"Sinto muito esta cidade e o clube, que indiscutivelmente merece outros patamares. Os adeptos empurram-nos para a vitória e são naturalmente exigentes, mas gosto deles, porque apoiam sempre quando sentem que damos a vida em campo", explicou.

Sobre a visita ao Marítimo, no domingo, disse ser uma oportunidade de alargar os resultados positivos e reganhar confiança, apesar das dificuldades de defrontar um candidato à subida.

"É sempre diferente jogar nos Barreiros e o Marítimo é sempre um adversário difícil. Tudo faremos para conseguir dar sequência a esta vitória, porque dois ou três resultados positivos seguidos colocam-nos em patamares diferentes e asseguram outra estabilidade", concluiu.