Técnico fala numa equipa em construção que tem de celebrar cada ponto conquistado na mais difícil edição da 2.ª Liga
Depois de ter conseguido salvar o P. Ferreira da descida de divisão no playoff da época passada frente ao Belenenses, após ter chegado ao clube a quatro jornadas do final da prova, Filipe Cândido fez, esta sexta-feira, a antevisão à 1.ª jornada da Liga Portugal Meu Super, frente ao Vizela, no sábado, pelas 11 horas. Além do jogo, o técnico fez um balanço da pré-época, abordou a situação difícil que o clube vive, confirmou que o plantel ainda não está fechado e traçou a permanência com o objetivo.
"Penso que a situação do clube é do domínio público e aquilo que queremos é reconstruir uma equipa que permita ao Paços ser competitivo, ser uma equipa que orgulhe os seus adeptos, que defenda as suas cores com alma, com entrega, com toda a capacidade que cada jogo vai precisar. Estou satisfeito com aquilo que tem sido a entrega dos jogadores. O grupo ainda não está fechado. O mais importante é aquilo nós fomos capazes de fazer com todos os jogadores que já temos na nossa mão. Tenho a certeza que, dentro de todas as condicionantes, a equipa se vai apresentar capaz de defrontar um bom adversário", começou por dizer o técnico.
Nova edição da 2.ª Liga: "É uma liga extremamente competitiva e este será provavelmente o campeonato mais difícil de sempre da 2.ª Liga. Será extremamente difícil, mas o nosso foco é jogo a jogo. O Vizela é uma belíssima equipa, mas esta é uma fase também difícil, porque não é tão fácil perceber o que é que o adversário pode ou não apresentar. Sabemos que tem jogadores de qualidade, coletivamente podemos num ou outro momento ser surpreendidos, porque é o primeiro jogo, mas aquilo que em que mais me foquei foi na nossa equipa, naquilo que nós somos capazes de fazer para disputar cada ponto da melhor forma."
Momento do clube: "Tendo em conta o que aconteceu [na época passada] e aquilo que é o momento, vamos ter que ser todos humildes, agarrados àquilo que é o trabalho, a ter muita dedicação em cada momento, perceber aquilo que é o momento do clube e, dessa forma, contando com o apoio de todos e entrando em cada jogo para o ganhar, temos que festejar cada ponto que a equipa consiga. Eu encaro as coisas dessa forma, não esquecendo aquilo que aconteceu no ano passado."
Objetivo e papel dos adeptos: "Atingir os 40 pontos o mais depressa possível é aquilo que me ocorre em termos de possível objetivo. Temos de festejar cada ponto, porque é sempre melhor pontuar nesta Liga do que não o fazer. Se olharmos aquilo que foi o ano passado, o que faltou foi a equipa ter, durante o ano, conseguido empatar mais vezes. Com isto eu não estou a dizer que vou entrar para empatar, até porque eu nem sei como é que isso se faz. Nós procuramos sempre entrar para ganhar os jogos, mas muitas vezes quando não se consegue vencer, se conseguirmos um ponto, independentemente de estar a jogar em casa ou fora, temos que o festejar. Temos der ter noção daquilo que é a realidade atual. Se o tivermos, penso que aí será sempre mais fácil para todos, sejam os jogadores, sejam os treinadores e, ao mesmo tempo, os adeptos. Queremos dar o maior número de alegrias possível aos adeptos. Se os adeptos tivessem noção da importância que tem, como o fizeram no último jogo do playoff, provavelmente, se calhar, teríamos o estádio sempre muito mais composto. Vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para atingir as vitórias."
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Sente-se preparado para o desafio? "Estarei sempre preparado para aquilo que é a minha função como treinador. As condições ou a contingência do momento é que, muitas vezes, acaba por poder fazer diferença. Naquela altura, procurei, de alguma forma, inverter o ciclo que existia, que não era muito positivo. Sabíamos dessa mesma dificuldade, sabíamos como é que poderíamos atingir os objetivos e penso que, de uma maneira ou de outra, o importante foi aquilo que nós conseguimos fazer. Este ano existe esta responsabilidade e nós não fugimos dela naquilo que diz respeito à construção de uma equipa para fazer frente a um campeonato extremamente díficil. Temos tido ao longo da nossa carreira, enquanto equipa técnica, desafios enormíssimos. Este será mais um, mas a responsabilidade de representar uma camisola como esta faz-nos sempre entrar em cada campo para discutir cada jogo, sabendo que se não conseguimos vencer, mas conseguirmos pontuar, temos que também entender que podemos ficar felizes com isso, porque é mais um ponto que somamos e são menos dois que o adversário faz. Dessa forma, podemos o mais depressa possível atingir aquilo que é o grande objetivo deste ano, que é manter o clube na mesma divisão."
Plantel à altura? "Sim, nós estamos com a sensação cada vez maior de que quem veio, veio aportar duas questões que para mim são importantes quando se constrói uma equipa. Primeiro, temos alguns jogadores que podem trazer a experiência necessária para encarar cada momento da época, seja durante 90 minutos, seja durante 10 ou 15 jogos, ou um período de tempo maior, ou seja, jogadores que conheçam a divisão, que tenham bastantes jogos feitos já na própria divisão, que tragam o aporte dessa experiência a todo o grupo. Além disso, dentro das nossas condições, atraímos jogadores jovens, apostar em jogadores que também permitam no futuro fazer frente a uma série de questões."
Grupo atual e o mercado: "Temos que ter gente sempre com fome, muita fome, que saiba que através do trabalho estamos sempre mais perto depois de atingir os nossos objetivos, entrando com muita humildade e reconhecendo competências aos adversários. Só com esse espírito é que vamos ser capazes depois, no final, de atingir o objetivo que tanto queremos. Neste momento, o grupo não está fechado ainda o grupo, pode acontecer alguma entrada e alguma saída porque o mercado está em aberto. Vamos encarar já o primeiro jogo com toda a energia positiva para que possamos amanhã ter um resultado positivo."
Jogo com o Vizela: "Temos a responsabilidade de estar a representar uma camisola com a importância que tem a do Paços. Tendo em conta as aspirações do adversário, pode ter outro tipo de responsabilidade no jogo. Esperamos um adversário extremamente difícil, muito qualificado, com individualidades algumas que já no ano passado provaram que são de qualidade. Vamos ter que ser muito fortes coletivamente, vamos ter que estar no nosso máximo, no limite da nossa energia para poder fazer frente a um bom adversário e para procurar vencer o jogo."
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