O Futebol Clube Paços de Ferreira, desde que assumiu essa designação, ficou conhecido por equipar ”à Porto”, sendo as camisolas alternativas axadrezadas. Isto até 1980/81
A REGIÃO de Paços de Ferreira é muitas vezes referenciada como sendo de grande implantação de adeptos do FC Porto. A proximidade com a Cidade Invicta é um factor relevante, e que proporcionou uma relação com passos interessantes ao longo dos anos.
O actual Futebol Clube Paços de Ferreira tem raízes que remontam a 1931, altura em que foi fundado o Sport Clube Pacense. Em 1950, o clube assumiu a designação de Futebol Clube Vasco da Gama, assumindo o amarelo e o verde como cores representativas.
Foi então que, em 1961, foi aprovada em assembleia geral a denominação que ainda agora se mantém. O director Faustino Neto aproveitou a onda e promoveu a filiação do Paços no FC Porto, adoptando o equipamento azul e branco. O amarelo e o verde foram esquecidos, no entanto as afinidades com o Boavista foram respeitadas, mantendo-se o axadrezado como equipamento alternativo.
Durou menos de duas décadas a simbiose cromática com o clube das Antas, dado que em 1980/81 foram a votação em polémica reunião magna de associados duas propostas de mudança das cores. A facção triunfante operou o regresso ao amarelo e verde que ainda se mantém actualmente.
O relacionamento estreito com o FC Porto é que nunca foi esquecido. Já em 1952 a região de Paços de Ferreira se havia mobilizado para ajudar à construção do estádio das Antas. Foi então realizado um ”cortejo de materiais”, tendo os pacenses contribuído com três camionetas de toros de pinho e cimento. A colecta realizada permitiu a recolha de 3706 escudos.
As primeiras ajudas vindas do FC Porto chegaram através de jogadores que foram ajudando o Paços de Ferreira a adquirir consistência nos campeonatos regionais. Antigas glórias dos dragões, como Pinga, Virgílio Mendes, Custódio Pinto ou Monteiro da Costa passaram como pelo comando técnico do clube que representa a actual Capital do Móvel.
No sentido inverso, foi um jogador chamado Sousa a desbravar caminho na década de 60. Esses passos foram seguidos por Fernando Malheiro, um médio-direito que teve passagem fugaz pelas Antas por culpa da agitação do Verão de 1980. Depois assinou pelo Sp. Braga e já não pôde regressar quando Pedroto e Pinto da Costa o abordaram.
Em 1987/88 foi a vez de Barriga, um esquerdino que nunca teve vida fácil ao serviço do FC Porto. A concorrência foi muito dura, acabando por terminar a carreira ao serviço do Leixões por culpa de uma lesão gravíssima. Actualmente orienta os juvenis do Paços de Ferreira.
No elenco actual dos pacenses, o presidente Hernâni Silva não esconde o seu ”portismo”. Não tem dúvidas sobre o resultado que deseja para segunda-feira à noite, mas concorda que ”grande parte da massa associativa é portista”. Uma situação que explica pelo facto do Paços de Ferreira não ter um historial relevante no escalão principal. ”Ao longo do anos, as pessoas que queriam ver grandes jogos tinham de ir às Antas”, salientou.
De resto, até o técnico José Mota foi campeão nacional de juniores pelo FC Porto. Consequências naturais de uma proximidade que também ajudou à contratação de Luís Cláudio por parte dos portistas, bem como à cedência recente de Gaspar e Zé Nando.
Velhas glórias relembradas
Malheiro e Barriga foram dois jogadores do Paços de Ferreira que conseguiram dar o ”salto” para o FC Porto.
Fernando Malheiro é agora um empresário de sucesso, proprietário da discoteca ”Dezassete”, mas ainda recorda o facto de ter estado no banco durante o célebre jogo que os dragões venceram em Milão, na época 1979/80, com um golo de Duda. Acabou por sair das Antas na altura do ”Verão quente”, rumo ao Sp. Braga.
Barriga ainda recorda o momento em que foi abordado por Teles Roxo para integrar o plantel que Tomislav Ivic orientou numa época onde só não repetiu a Taça dos Campeões, dominando as provas internas e conquistando a Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia. Agora, Barriga tem um ”snack-bar” com o seu nome, mantendo-se ligado ao futebol como treinador dos juvenis pacenses.
O seu ponto alto surgiu no jogo contra o Real Madrid, nas Antas, quando foi chamado à equipa aos 35 m para substituir Rui Barros, outro ilustre portista que também teve uma passagem pouco conhecida por Paços de Ferreira.
Família de Reinaldo Teles é de Paços de Ferreira
O administrador do FC Porto, Reinaldo Teles, é oriundo de uma família de Frazão, uma freguesia próxima de Paços de Ferreira. Essas raízes são bem conhecidas dos adeptos que marcam presença na Mata Real, embora se trate de uma visita que já não acontece há sete anos por culpa da trajectória pacense.
José Mota foi campeão nos juniores das Antas
O actual técnico do Paços também tem um passado vinculado ao FC Porto. Quando representava o Aliados de Lordelo foi contratado para os juvenis do FC Porto. Viajava para as Antas na companhia de Jaime Pacheco, tendo-se sagrado campeão nacional de juniores na época seguinte, sob o comando técnico de José Feliciano.
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