Opositor de Fernando Rocha nas eleições quer aproximar o clube dos sócios
João Gambôa, atual vice-presidente do Portimonense, é o opositor de Fernando Rocha, presidente há 12 anos, nas eleições para os corpos sociais do Portimonense, que terão lugar no próximo dia 19 de abril, e promete uma "maior proximidade com os sócios e um efetivo apoio às modalidades e futebol juvenil, uma vez que o futebol profissional está confiado à SAD".
"Temos de dar o devido mérito ao trabalho desenvolvido por Fernando Rocha até 2014, enquanto o futebol profissional esteve na esfera do clube. Depois foi criada a SAD, na qual o Portimonense tem apenas 10 por cento e, inclusive, Fernando Rocha foi afastado da administração da mesma pelos acionistas", assinalou João Gambôa na apresentação da sua lista, na tarde desta sexta-feira.
No atual contexto "o Portimonense passou de um clube de negócios, enquanto tinha o futebol profissional, para um clube do coração, em que é preciso chegar aos sócios, aos jovens que praticam desporto com a nossa camisola, aos pais e a toda a cidade. Esperávamos que o modelo de gestão fosse adaptado a essa realidade mas isso não sucedeu e sentimo-nos defraudados nas nossas expetativas", referiu o candidato à liderança do clube.
João Gambôa revelou que convidou Fernando Rocha "para integrar a nossa lista, como candidato à presidência da mesa da assembleia geral, mas não aceitou, e, como sentimos que tínhamos os apoios suficientes, decidimos avançar com uma alternativa à atual gestão. O elenco diretivo é constituído por 15 pessoas e Fernando Rocha liderou os últimos três, num total de 45 pessoas. Dessas só com ele continuam quatro..."
Em relação aos projetos que pretende desenvolver, João Gambôa anunciou "a Portimonense Academy, dotando o futebol juvenil de melhores condições. Só nós e o Leixões, de entre os clubes que competem nas provas da Liga, não temos a escola de futebol certificada e isso não pode continuar".
Portimão será a cidade europeia do desporto em 2019 "e a Câmara de Portimão já demonstrou interesse em construir uma pista de atletismo, que nem por sombras admito que não possa ser feita no campo major David Neto, sendo também construído um novo campo de futebol, num entendimento com a SAD ou, eventualmente, com outros parceiros".
Nos últimos dias, revelou João Gambôa, "parece que entrou uma máquina num espaço adjacente ao sintético existente no major David Neto e Fernando Rocha anunciou a construção de um novo campo mas isso - e eu sou vice-presidente - nunca foi falado nas reuniões de direção e não há projeto nem orçamento".
A criação de um centro médico que sirva os cerca de 700 praticantes inscritos no clube é outra das propostas de Gambôa. "Temos, no basquetebol, o maior número de atletas de entre todos os clubes do Algarve e precisamos de mais espaço, enquanto o futsal necessita de um melhor enquadramento para trabalhar a base, pois temos a pirâmide invertida, com o foco quase em exclusivo nos seniores", adiantou o candidato.
Fernando Rocha anunciou que iria chamar alguns antigos jogadores do clube para colaborarem com o futebol juvenil e Gambôa lamentou "algo que mais se parece a uma Santa Casa da Misericórdia... As pessoas precisam de ser respeitadas e valorizadas e é isso que pretendemos fazer".
Remodelar a sede e ali centralizar os serviços administrativos, criando também condições para que os sócios convivam, é outra das propostas de Gambôa, que considera o processo especial de revitalização recentemente aprovado "uma boa medida" mas "ao contrário do que disse o outro candidato, não irá haver margem de folga e será forçoso, sim, muito sentido de responsabilidade, pois durante dois anos, enquanto o PER esteve em aprovação, não pagámos nada, mas a partir de agora teremos de pagar pontualmente os valores relativos aos 300 mil euros de passivo".
Gambôa lamentou que "não tenha sido aproveitado um espaço publicitário no topo sul do estádio, cedido pela SAD, que poderia render 30 mil euros por época", e promete "parcerias com diversas empresas para que os sócios tenham vantagens e não apenas um cartão sem qualquer benefício".
O candidato garante que "o meu telefone estará sempre à disposição dos sócios e tem de haver uma proximidade diária com todos eles. Fernando Rocha tem dito que conta com 400 empregados e é gestor há longo tempo... Pois bem, nas minhas empresas, que têm um volume de negócios bem acima do que o Portimonense regista, trabalho diretamente com quatro, mas falo com eles todos os dias. É preciso estar com as pessoas, ouvi-las..."
Na apresentação da sua lista Fernando Rocha referiu que quando alguém se quer tornar conhecido ou assume a presidência de um clube ou assalta um banco e se optar pela primeira hipótese deve saber o que o espera. Gambôa responde:
"Rocha assaltou algum banco antes de chegar à presidência do Portimonense? Creio que não... Ele é que não está preparado para gerir um clube mais pequeno, sem o futebol profissional e dentro de uma nova realidade, assim como eu, confesso, não estava preparado para gerir o Portimonense quando este integrava o futebol profissional. Mas agora o quadro é outro e sinto que reúno condições para assumir este desafio".
Ficou ainda um aviso: "Não serei um presidente do croquete e do copo de vinho, na tribuna de honra! Serei um presidente próximo dos sócios, presente". Francisco Ferreira (assembleia geral) e Miguel Nicolau (conselho fiscal) são os candidatos à liderança dos restantes órgãos.
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