Médico da UD Oliveirense: «Uma derrota só é verdadeira derrota se nós não dermos o melhor»

Luís Ferreira Pinto dá ainda conta do acompanhamento minucioso do plantel e da solidariedade da cidade de Oliveira de Azeméis

Foi uma mensagem de coragem e estímulo para ultrapassar com sucesso este combate contra a pandemia do coronavírus a que Luís Ferreira Pinto, diretor clínico da UD Oliveirense, passou, em declarações à Liga.

"A UD Oliveirense disponibilizou o pavilhão à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e à Direção-Geral de Saúde para ser, assim, mais uma infraestrutura disponível para as necessidades inerentes ao combate da atual pandemia. Enquanto clube estamos disponíveis para colaborar em tudo o que for possível. Sabemos ainda que a população de Oliveira de Azeméis se mostrou solidária com a iniciativa e recebemos já diversas mensagens a oferecer apoio em caso de necessidade de abertura de um hospital de campanha nas instalações do clube. Uma derrota só é uma verdadeira derrota se nós não dermos o nosso melhor. Todos juntos iremos certamente sair desta pandemia de cabeça erguida, prontos a enfrentar um novo mundo", afirmou o médico.

Já em relação ao plantel principal da equipa que milita na 2ª Liga em específico, o clínico explicita o trabalho que tem sido levado a cabo. "Os jogadores da UD Oliveirense mantêm um acompanhamento diário pelo departamento médico e pela equipa técnica. São contactados para despiste de sintomas gripais e avaliação de temperatura. São também atribuídos planos de treino e planos nutricionais individualizados para uma maior otimização do rendimento de cada jogador. A utilização das tecnologias de comunicação como videoconferência permitem um melhor acompanhamento do grupo, tentando minimizar ao máximo os efeitos laterais desta paragem forçada", conta.

Por último, e na qualidade de profissional de saúde, Luís Ferreira Pinto deixa os seus conselhos a toda a sociedade. "O melhor conselho que posso deixar à população é que sigam as indicações dos profissionais de saúde. Que se mantenham no domicílio saindo apenas para as necessidades básicas e que, em caso de sintomas gripais, usem as linhas de apoio telefónico antes de se dirigirem a uma instituição de saúde. A prevenção da infeção pode ser o nosso grande trunfo, mas o alarmismo pode tornar-se um dos nossos maiores inimigos. Enquanto portugueses, fomos todos chamados a participar neste que é o maior desafio para o Serviço Nacional de Saúde. Se há 500 anos o sangue lusitano foi famoso por abrir a porta do mundo a novos mundos, que sejamos agora conhecidos como aqueles que fecharam a porta, impedindo que esses mundos destruam o nosso. O nosso sucesso depende de cada um de nós", alertou.

Por Ruben Tavares
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