Não é apenas a derrota de ontem com o Gil Vicente, mas também a pálida imagem deixada pelos azuis: José Couceiro e os adeptos do clube do Restelo têm razões para estar muito preocupados. A equipa está envolvida na luta pela permanência e exibições frouxas como esta, à saída para a segunda volta, com o Sporting como próximo adversário, colocam sérias interrogações quanto ao futuro. Não se trata de falta de qualidade, nem de atitude profissional – neste jogo, o Belenenses não conseguiu ser lúcido, rápido e desequilibrador, perdendo sem margem para discussões.
Parte importante na explicação da derrota azul está no Gil que começou mais ameaçador, rematando inúmeras vezes (uma delas, bem cedo, num cabeceamento de Gouveia ao poste direito) e criando dificuldades, quase sempre pelo lado direito, em insistências do irrequieto Carlitos que causavam sucessivos calafrios a Vasco Faísca e companhia...
Enquanto os nortenhos desenvolviam futebol objectivo, pouco versátil, mas incisivo, a equipa do Restelo acumulava erros, salientando-se os passes errados, a falta de dinamismo e de acutilância na construção do ataque. No último jogo antes de se integrar na selecção dos Camarões para a CAN, Meyong só existiu num lance polémico, à beira do intervalo: isolado por Pinheiro, o africano caiu à entrada da área em despique com Rodolfo Lima. Considerando faltosa a intervenção do ex-belenense, o árbitro Rui Costa expulsou-o. A meio do primeiro tempo, por indicação de um dos auxiliares, já houvera outro lapso, neste caso em prejuízo do Belenenses, porque Ahamada ficara em condições privilegiadas para marcar quando foi assinalado fora-de-jogo inexistente.
Melhorar... piorar
Ao intervalo Couceiro agiu: em vantagem numérica, abdicou de um médio-defensivo (Rui Ferreira) e apostou no enleante Silas para que alguém assumisse a tarefa de fazer a bola chegar em boas condições à dianteira; além disso, tentou proteger melhor o lado esquerdo da defesa, trocando Faísca por Djurdjevic. Só com dez, o Gil tornou-se mais calculista, embora não abandonasse as investidas atacantes.
No quarto de hora inicial, o Belenenses mostrou-se mais agressivo, compensando a falta de imaginação e velocidade com disponibilidade para chegar à baliza e predisposição rematadora. Nesta fase faltaram tranquilidade e pontaria para ultrapassar a defesa contrária. No mesmo minuto, cada equipa desperdiçou a sua oportunidade de marcar, Rolando teve corte precioso a impedir o golo de Elias e, quando parecia mais apertado o cerco ao Gil, veloz iniciativa atacante entre Bruno Tiago e Carlitos estilhaçou a resistência do último defensor (Pelé), tornando infrutífera a tentativa de Marco Aurélio para deter o remate.
Mais fria se tornava a noite para quem perdia. Couceiro abdicou de um lateral (Sousa) e aumentou a carga na frente (Romeu), mas a equipa já estava desnorteada. Ulisses Morais geriu o cansaço com substituições refrescantes e, para acentuar o desacerto belenense, Bruno Tiago obteve excelente golo num pontapé de longe em que Marco Aurélio, com muitos defesas à frente, terá sentido demasiadas dificuldades para perceber a trajectória da bola.
Embora poucos, os espectadores presentes, com maioria azul, despediram a equipa com um coro de assobios. Maior que a amargura da derrota terá sido a de perceber tanta insegurança na equipa. Vêm aí tempos difíceis...
Árbitro
Rui Costa (1). Já foram apontados os dois lances que marcaram a actuação da arbitragem (expulsão de Rodolfo Lima e fora-de-jogo a Ahamada). É suficiente.
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