O BEIRA Mar alcançou domingo uma vitória saborosa e merecida frente a um Campomaiorense decepado que se remeteu à passividade mais confrangedora. Os aveirenses venceram por 2-0, com naturalidade, uma equipa sem ponta-de-lança, nem capacidade para reagir à iniciativa contrária. Com adrenalina e dentes cerrados contra a ausência de Detinho.
O treinador da equipa alentejana tinha razões para lamentar-se do retrocesso dos seus jogadores, como fez domingo no final da partida. Mas deixar Detinho sentado no banco até aos 30 minutos, a perder em casa com o Beira Mar desde os 15, e com tanta necessidade de pontos, é no mínimo estranho. Diamantino Miranda tinha melhores argumentos para jogar nesta partida. E mesmo que pense hoje, depois de reflectir, que Detinho e mais tarde Filipe Azevedo também não fizeram melhor, cabe-lhe uma dose elevada de responsabilidade pela inépcia geral revelada pelo Campomaiorense. Terá medido mal o esforço, ou quem sabe, a ousadia do Beira Mar.
De facto, os aveirenses dominaram a totalidade do jogo. E foi pelo corredor esquerdo, com o apoio de Ricardo Sousa e Rui Dolores que os visitantes impuseram a diferença. Deste corredor saíram os dois golos, primeiro num lance em que Rui Dolores assistiu Fusco para uma cabeçada certeira. E depois, noutra jogada em que o mesmo Fusco deu a Gamboa que viajou, de novo, desde a esquerda até ao golo num remate à entrada da área.
Mais sintomático foi o primeiro golo ter acontecido logo aos 15 minutos, e de forma natural, uma vez que o Campomaiorense nem tinha rematado à baliza até esse momento [Laelson foi o primeiro aos 27 minutos]. Detinho entrou para o lugar de Bruno da Rocha aos 30, e quatro minutos volvidos o Beira Mar fez o segundo golo, acabando praticamente com o jogo através de Gamboa. A vida complicava-se para os alentejanos, e apenas uma dose enorme de empenho e determinação permitiriam à equipa alentejana recuperar o tempo perdido. Mas o Campomaiorense não conseguiu nunca subverter a moleza do meio-campo, nem criar oportunidades dignas desse nome.
Duas na barra
A táctica escolhida revelou-se presa débil para um adversário com dentes cerrados e adrenalina gerada nos escassos seis ou sete pontos a que se encontra da manutenção na I Liga. O Beira Mar geriu sempre melhor a ansiedade do jogo, e foi mais eficaz em todos os domínios. Mereceu a vitória porque se empenhou mais e nunca abdicou de arriscar. Mas também é justo escrever que beneficiou das limitações reveladas por um adversário com apenas dois avançados nas alas, quando a situação recomendava um ponta-de-lança para esgrimir com Filipe e Lobão.
Com o tempo, Diamantino foi reconhecendo que a sua equipa não rendia, e aos 59 minutos fez entrar mais um elemento de ataque [Filipe Azevedo por Jorginho]. Aos 77 abriu ainda mais a linha ofensiva, ao introduzir Roberto no jogo, por troca com o hiper-defensivo Nuno Gomes. Mas o Beira Mar só não matou o jogo nesse período, porque foi negligente a criar, e ainda mais a finalizar jogadas de ataque.
Talvez não sejam apenas as bolas na barra enviadas primeiro por Detinho (40') e depois por Filipe Azevedo (73') a justificar a pertinência das respectivas entradas em jogo. Até porque também Roberto esteve perto de marcar, aos 89 minutos. O que justificava, sobretudo, maior acutilância do Campomaiorense era o esquema previsível do Beira Mar. Mesmo se tivermos em conta que os médios Fusco e Rodolfo não têm jogado. No final, o quinteto de avançados que prevaleceu na equipa alentejana foi infrutífero e perdeu-se numa defesa segura e coesa.
Golos
0-1 aos 15 minutos, por FUSCO, num cabeceamento certeiro e sem hipóteses para o guarda-redes Paulo Sérgio, na resposta a um cruzamento de Rui Dolores, que contou com a passividade da defesa.
0-2 aos 34 minutos, por intermédio de GAMBOA, num remate à entrada da área, que deu sequência a um passe de Fusco, regressado à titularidade. De novo com a defesa quase inerte.
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