Alguns jogadores do U. Madeira podem rescindir e outros serem despejados do hostel

Continua o drama na vida unionista e vai ser feita uma auditoria externa

• Foto: Hélder Santos

As primeiras impressões a que a nova administração da SAD do União da Madeira teve acesso são dramáticas e um verdadeiro caos. A prioridade é saber as reais necessidades do clube, pois há problemas muito graves e existe mesmo a possibilidade de sete jogadores deixarem o União, rescindindo o seu vínculo. Mas há mais: Alguns futebolistas também podem vir a ser despejados do Hostel onde residem, pois já foram avisados de tal.

Sérgio Nóbrega, o CEO da SAD unionista, deixou claro: "O União está ligado à máquina. A situação é dramática". A primeira medida da nova administração para conhecer a real situação do clube será uma auditoria externa. E o tempo escasseia, pois segundo os novos responsáveis da SAD "são necessárias pelo menos 48 horas para conhecer a dimensão real deste problema, mas muito grave. É um poço sem fundo". Questionado sobre se está garantida a presença da equipa no dérbi deste fim-de-semana frente ao Câmara de Lobos, o CEO confirmou a presença do onze azul e amarelo. Esta noite, os responsáveis diretivos da SAD azul e amarela reuniram com o Diretor Desportivo, Marco Freitas, com o secretário técnico, Nuno Viveiros e com o técnico, Fábio Pereira, para conhecerem a realidade que o plantel vive.

400 mil euros para o imediato

No entender desta nova administração, numa avaliação ainda muito superficial, serão necessários cerca de 400 mil euros para fazer face aos compromissos de uma equipa que está em risco de descer ao campeonato regional. Assim, "vamos pedir ajuda a todas as entidades, sócios e a todos que nos possam ajudar. Isto é ser real e verdadeiro. Não há outra forma de resolver. Se tivermos de fechar as portas, fechamos com dignidade. Há sempre esse risco". Mas fica a promessa: "Tudo vamos fazer para recuperar este doente. Mas os sócios acionistas é que têm a legitimidade de dizer o querem fazer".

Sobre a entrada de um novo acionista, Sérgio Nóbrega continua a afirmar que não "há nenhum documento que diga isso". Por último, os responsáveis unionistas acreditam que é possível ter "uma credibilização do clube e da SAD, com rigor transparência e competência. O União é de todos e para todos".

Jogar no sintético do Liceu

Uma medida desta nova administração é voltar a utilizar o campo do Liceu Jaime Moniz, bem no centro do Funchal, que ainda recentemente recebeu um novo relvado sintético, deixando de vez a utilização do complexo desportivo da Ribeira Brava que tem custos muito elevados. Assim, a próxima jornada em casa, dia 1 de Dezembro, às 16 horas, frente ao Vizela, será disputada num campo que até deixa boas recordações aos unionistas, pois foi nesse local que conseguiram ascender à 2ª Liga, sob o comando técnico de Daniel Ramos.

As próximas horas serão decisivas para um clube que está "ligado às máquinas" e, sendo um emblema centenário, o seu desaparecimento seria um rude golpe para as gentes madeirenses que se reveem no popular "União da Bola".

Por João Manuel Fernandes
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