Participação seguirá para conselhos de Disciplina e Arbitragem da FPF
O árbitro vianense Nelson Cunha é acusado pela Sanjoanense de ter feito insultos racistas contra o jogador sul-africano George Matlou, de 22 anos, após o apito final do jogo com o S. João de Ver, da fase de apuramento para a Liga 3.
Ouvido esta segunda-feira, por Record, o presidente da SAD da Sanjoanense admite que "não vai ser fácil penalizar o infrator, porque há fragilidade na prova", mas promete levar o caso até às últimas consequências. Para já, no entanto, todas as atenções do clube estão centradas no apoio psicológico ao jogador.
"O miúdo hoje, no treino, já estava mais calmo do que ontem, mas chorou a noite toda. Foi uma situação violenta para o rapaz. Se há pessoa sensível é o George, que nós conhecemos bem. "Parece-nos que o rapaz está estável emocionalmente. Vamos ver nestes dois, três dias, vamos estar atentos ao estado psicológico dele e, se for o caso, encontraremos dentro da estrutura alguém que lhe possa dar apoio psicológico para que possa acabar o campeonato nas melhores condições", esclareceu Carlos Rui.
Ainda em defesa de George Matlou, além da participação no caso da GNR, o presidente da SAD da Sanjoanense acrescentou: "Vamos dirigir um comunicado aos conselhos de Disciplina e Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. O responsável pela arbitragem da AF Viana do Castelo negou categoricamente os insultos racistas, como é obvio, mas nós vamos fazer o que temos a fazer, porque consideramos que isto não pode acontecer a mais ninguém. A partir daí estamos de mãos atadas".
Carlos Rui prosseguiu, depois, com um lamento: "Como as possíveis testemunhas dizem que não ouviram nada, isto é a palavra da autoridade, que é o árbitro, contra a do jogador. Houve duas pessoas que poderiam ter ouvido e que eu acho que ouviram, mas dizem que não ouviram nada. Uma delas é uma agente da autoridade e a outra é o roupeiro do clube adversário. Uma coisa eu tenho a certeza, conheço o jogador há dois anos e é das pessoas mais educadas que já vi".
A terminar, ainda ao nosso jornal, o presidente da SAD considerou que este caso "é mais grave do que o de Marega", ocorrido há pouco mais de um ano, em Guimarães. E explicou-se: "É mais grave por o insulto ter vindo de quem veio.
Se calhar o senhor árbitro pensou que ele não sabia português. De facto não fala muito português, mas percebe e, se calhar, foi um descuido, mas não há muito a fazer. Por mais que queiramos, precisamos de testemunhas e não as temos".
A conclusão veio de seguida: "É lamentável este tipo de atitude por parte de um árbitro. Só é pena não termos prova de som ou um pessoa que queira testemunhar, de facto, aquilo que ouviu. Estamos a ser acompanhados pelo departamento jurídico, mas é o que ele dizem, não havendo alguém que testemunhe... Este eco que imprensa está a dar é significativo, mas não nos contenta porque não vai penalizar o infrator, não vai penalizar um homem que tem muita responsabilidade".
Recorde-se que, segundo o comunicado publicado pela Sanjoanense nas redes sociais, onde veio "mostrar a sua profunda indignação e repudio para com os acontecimentos no final do jogo com o São João de Ver", aquela sociedade explicou o sucedido: "O nosso jogador, George Matlou, dirigiu-se ao árbitro Nelson Cunha no final da partida para questionar o porquê de ter sido expulso, ao que este lhe respondeu 'No speak english (não falo inglês), vai lá para dentro macaquinho do c...'".
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