A decisão surge cinco dias depois de, em assembleia de credores, a maioria ter aprovado a liquidação do clube do Bessa, detentor de 10% do capital social da SAD
Os credores da Boavista SAD aprovaram esta quarta-feira por maioria o direito de a sociedade apresentar um plano de recuperação, votando por unanimidade a continuidade da atividade axadrezada, no Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia.
"Esta deliberação constitui uma excelente notícia para todo o universo boavisteiro. A possibilidade agora aberta de apresentar um plano de recuperação da SAD representa uma oportunidade decisiva para a salvaguarda integral do universo Boavista. Com este plano, a Boavista SAD pretende reforçar a união de todos os boavisteiros, corporizando um só Boavista coeso e mobilizado", observaram as 'panteras', em comunicado.
O acionista maioritário da SAD, o empresário hispano-luxemburguês Gérard Lopez, fez-se representar perante quase 79% dos credores e manifestou "empenho inequívoco" na recuperação do Boavista, visando o regresso do clube do Bessa ao futebol profissional.
"A Boavista SAD não pode deixar de expressar o seu profundo agradecimento a todos os credores, entre os quais as entidades públicas, e respetivos mandatários, pela confiança demonstrada, ao permitirem a apresentação deste plano e ao acreditarem no futuro desta sociedade, que tem por missão honrar e representar o Boavista Futebol Clube, instituição com 122 anos de história", notou a SAD liderada pelo ex-futebolista senegalês Fary Faye.
A decisão surge cinco dias depois de, em assembleia de credores, a maioria ter aprovado a liquidação do clube do Bessa, detentor de 10% do capital social da SAD, rejeitando o adiamento por 30 dias da votação do plano de recuperação apresentado pela direção presidida por Rui Garrido Pereira, que anunciou que iria recorrer dessa deliberação.
A Boavista SAD deveria disputar a II Liga em 2025/26, mas não conseguiu inscrever-se nas provas organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e, mais tarde, também viu negado o licenciamento para participar na Liga 3, tutelada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sendo relegada para os escalões distritais da Associação de Futebol (AF) do Porto.
A ausência de pressupostos financeiros sustentou esse desfecho e levou o clube a criar uma equipa sénior independente da SAD, antes do aparecimento do Panteras Negras Footballers Club, fundado por adeptos contestatários da atual direção e cuja designação faz referência à claque e ao nome original do Boavista.
A Boavista SAD vai disputar o escalão principal da AF Porto e tem estreia marcada para domingo, ao visitar o Aliados Lordelo, na segunda jornada, já depois de ter adiado a receção inaugural ao Foz, enquanto o clube e o Panteras Negras integram a Série 5 da quarta e última divisão distrital.
Os 'axadrezados' estão impedidos pela FIFA de inscrever novos jogadores, devido a dívidas, mas esperam desbloquear as restrições para começarem a competir esta época.
Despromovido à II Liga em maio, após fechar a edição 2024/25 da I Liga no 18.º e último lugar, com 24 pontos, o Boavista concluiu um trajeto de 11 épocas consecutivas no escalão principal, sendo um dos cinco campeões nacionais da história, face ao título vencido em 2000/01.
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