Conheceu ao longo da carreira de futebolista 10 clubes, em Portugal e no estrangeiro, mas foram os técnicos portugueses que mais o marcaram
André Leão conheceu ao longo da carreira de futebolista 10 clubes, em Portugal e no estrangeiro, mas foram os técnicos portugueses que mais o marcaram, num pódio em que junta Vítor Oliveira, Rui Vitória e Paulo Fonseca.
O experiente médio, de 39 anos, foi campeão na Roménia, na época de estreia pelo Cluj, em 2007/08, mas releva mais o histórico terceiro lugar na I Liga portuguesa obtido pelo Paços, cinco temporadas depois, em 2012/13, orientado pelo então desconhecido Paulo Fonseca.
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"É verdade que tínhamos uma união no grupo muito forte, quase familiar, com almoços semanais da equipa, como era habitual no Paços que conheci, e isso ajudou imenso ao sucesso, mas o Paulo Fonseca e a sua tática também foram decisivos", recordou André Leão, em declarações à agência Lusa.
O atual jogador do Freamunde, clube no qual começou a jogar como lateral esquerdo e, depois, ala direito e '10' - fixou-se apenas como médio defensivo na passagem pelo FC Porto B -- , disse ter "percebido cedo como [Paulo Fonseca] era diferenciado".
"Ao fim da quarta ou quinta jornada, ele escreveu num quadro o nosso objetivo pontual, descontando semanalmente os pontos somados. Felizmente, fomos mais além e tivemos de reformular. Com ele, tudo era feito a pensar na ideia de jogo, desde o aquecimento, cada um sabia o que tinha de fazer em campo e jogávamos quase de olhos fechados", sublinhou.
André Leão recordou que "ninguém pensava inicialmente no terceiro lugar", tão somente em "jogar, ganhar e somar pontos", "mas o medo dos adversários em defrontar o Paços e a vitória caseira diante do Sporting [por 1-0, a duas jornadas do fim] deu para perceber que ia dar para o Paços".
Se essa vitória escancarou as portas da Europa, o triunfo obtido nos 15 minutos finais diante do Estoril Praia, por 1-0, disputado 24 horas depois de o nevoeiro ter obrigado à suspensão do jogo, praticamente no início da segunda volta, isolou o Paços no terceiro lugar.
"O lance do golo foi muito falado e a realidade é que o nosso aquecimento para esses minutos finais, num jogo que estava muito 'amarrado', foi dedicado a essa jogada. O Paulo Fonseca só dizia que era para fazer no jogo, mas o ensaio correu sempre mal", recordou.
André Leão revelou que "a ideia era o Cássio colocar rapidamente a bola no Josué, que tinha de se movimentar de fora para dentro e, de primeira, explorar a profundidade nas costas dos centrais, onde deveriam aparecer o Hurtado e o Manuel José", tendo sido este último a finalizar a jogada ensaiada durante o aquecimento no relvado secundário.
No Paços, André Leão destacou ainda o trabalho de Rui Vitória, a quem elogiou "a qualidade de jogo" e a "proximidade aos jogadores", juntando ao pódio de técnicos com quem trabalhou Vítor Oliveira, responsável pela subida à I Liga em 2018/19, pela "incrível capacidade de liderança, conhecimento das equipas e do campeonato, preparando as épocas ao pormenor".
"Adorei jogar em Espanha, e, na Roménia, onde os prémios e o companheirismo dos colegas lusos eram o melhor, deu para ver as faces do futebol, como a vez em que o autocarro foi parado a meio da viagem e retirados quatro ou cinco colegas romenos, por suspeitas de que poderiam favorecer o Steaua Bucareste, com quem o Cluj ia jogar", concluiu André Leão, cujo apelido foi mudado para 'Dragão' na passagem pelo FC Porto B.
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