César Boaventura assinala recurso aceite na Relação: «Transformaram-me em bode expiatório para atacar o Benfica»

Em causa processo no âmbito do qual foi condenado a três anos de prisão, com pena suspensa

César Boaventura
César Boaventura • Foto: Ricardo Jr.

Condenado a três anos de prisão com pena suspensa, César Boaventura congratulou-se esta quinta-feira nas redes sociais por o seu recurso ter sido aceite no Tribunal da Relação, que "ordenou que as testemunhas sejam ouvidas" e a sua prova "seja valorada".

Em causa está o processo do alegado aliciamento a jogadores do Rio Ave para favorecer o Benfica num jogo da época 2015-16. O Tribunal de Matosinhos deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio, Marcelo e Lionn para que facilitassem num desafio com o Benfica, na temporada 2015/16, a troco de contrapartidas financeiras e contratuais, mas ilibou o empresário do crime de corrupção em forma tentada ao antigo guarda-redes do Marítimo Romain Salin.

"Fui julgado no Porto, transformaram-me em bode expiatório para atacar o Benfica. Mas ontem a Justiça deu o primeiro grito ao futebol português, e ordenou a reabertura do julgamento. Em 1.ª instância calaram-me, calaram as minhas testemunhas, negaram-me o direito à defesa e tentaram enterrar-me vivo em crimes que nunca cometi. A Relação corrigiu essa injustiça, ordenou que as testemunhas sejam ouvidas, e que a minha prova seja valorada", começou por explicar o empresário.

"Não é o fim da batalha, mas é uma vitória clara. É o sinal de que a verdade está a caminho e de que a dignidade do futebol português não pode continuar a ser manchada por acusações sem fundamento. Tudo nasceu no Rio Ave-Benfica (2015/2016), um jogo transformado em arma de arremesso contra o Sport Lisboa e Benfica. Usaram-me para servir esse ataque, arrastaram-me para a lama, mas nunca me verguei. Permaneço de pé, com valores, com honra e com dignidade. Podem tentar adiar, mas a verdade não se cala. E que fique claro, sou a prova viva de que a Justiça só pode ser feita no lugar certo, no tribunal, e nunca nas televisões ou nas redes sociais. Não sou ninguém, mas tenho muito orgulho na pessoa que sou!", acrescentou.

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