Antigo selecionador nacional destaca a importância do guardião no Euro'2016... e não só
Fernando Santos deixou muitos elogios a Rui Patrício. Durante a cerimónia de homenagem ao guarda-redes português, que colocou um ponto final na carreira aos 37 anos, o antigo selecionador nacional recordou a "humildade, capacidade, espírito de sacrifício e vontade" do agora ex-guardião.
O que recorda do Rui?
“O que guardo é o Rui enquanto homem, todo o percurso na Seleção, foram muitos anos juntos, oito anos, conheci-o ainda ele era miúdo, era jogador do Sporting e jogava nas camadas jovens quando cheguei. Fez um percurso notável, foi muito importante nos clubes que passou, mas foi fundamental na conquista do Euro’2016 e depois na Liga das Nações pela qualidade enquanto guarda-redes, era esse o papel dele, é profissional e estava lá para defender as bolas, algumas foram realmente fantásticas, houve duas que resolveram um pouco do Euro, o penálti [com a Polónia] e a cabeçada do Griezmann. Mas o que é importante realçar é o homem e o que ele representava no grupo de trabalho. A sua humildade, a sua capacidade, o espírito de sacrifício, a sua vontade, que para os que iam chegando era muito importante. Ele referiu várias vezes que o mais importante foi sempre o seio da equipa e a amizade entre todos, e ele era um dos grandes porta-vozes e líderes da equipa.”
Importância no Euro’2016
O mais importante foi a equipa. Individualizar é bom, é muito importante e é um momento de individualização, mas o mais importante foi a equipa, foram eles todos que conseguiram esse êxito. Ao longo do percurso da Seleção no Euro, o Rui teve momentos muito importantes que se tornaram decisivos, principalmente um que é a defesa do penálti com a Polónia, porque não sabemos o que acontecia a seguir. E depois tem um momento soberbo, que é [a cabeçada] do Griezmann, que é um momento muito importante durante a final. Se sofremos aquele golo não sabíamos o que acontecia a seguir, mas a probabilidade do Éder vir a marcar o golo era menor, portanto graças ao Rui e ao trabalho de toda a equipa, Portugal criou condições – o Rui e os outros – para o Éder depois de entrar fazer o golo no prolongamento e acontecer o que aconteceu. O Rui foi seguramente muito importante, como foi na conquista da Liga das Nações. Mas os guarda-redes são isso e por alguma razão é o guarda-redes mais internacional de sempre. E sabemos a historia do futebol português, teve guarda-redes de enorme qualidade e só este atingiu esta marca por alguma razão, não é por ter os olhos bonitos seguramente. É capaz de ser bonito, mas a mulher é que tem de saber [risos]. Mas não é por isso seguramente, até porque é um bocadinho introvertido, não é muito de exibicionismo, foi seguramente pela sua qualidade.”
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