Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, apela ao aumento do tecto
Ainda antes do debate sobre o estado do futebol português, os líderes que marcam presença na XI Cimeira de Presidentes da Liga Portugal estiveram reunidos com Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que, no final, falou aos jornalistas presentes.
"O futebol é mais do que um mero entretenimento. É um importante desígnio da economia fiscal. Temos de desenvolver a economia, puxando tudo o que é português. Temos treinadores, jogadores e dirigentes desportivos de mérito reconhecido. Temos que ter a capacidade das nossas forças de promoção da economia estarem aqui. Nessa discussão do OE, é importante que a indústria do futebol esteja presente", começou por dizer.
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"É lamentável que o futebol seja o único penalizado com uma taxa de 23 por cento na bilhética. Não há outro espetáculo em que isso aconteça e não, o futebol não pode ser discriminado, até porque há clubes com capacidade, mas outros não. A nossa indústria não é rica. Temos impostos de ricos num país pobre", acrescentou, tendo ainda abordado a matéria relativa ao Programa Regressar, uma vez que a proposta de Orçamento de Estado para 2024 prevê uma redução do tecto para um máximo de 250 mil euros anuais para os beneficiários do programa.
"Normalmente, um jogador português afirma-se em Portugal e depois faz um percurso de vitórias lá fora. É importante que haja um estímulo para que regresse. Fazer regressar o talento é fundamental. Quando tem a hipótese de regressar, o jogador faz contas. O que ganha é diferente do que recebe e a diferença são os impostos. Tem de haver uma motivação extra para que regressem. Todos ganhariam, eles e todos os que gostam de ver bons jogadores nos nossos relvados. Sem essa vantagem, vão continuar lá fora", comentou.
"Temos que ter pessoas qualificadas. Não podemos atrair apenas mão-de-obra barata, sejam médicos, professores ou jogadores de futebol. Temos a necessidade de promover a economia, baseado no talento. Este é um desafio que não tem apenas a ver com o futebol. Temos uma perspetiva de crescimento de 1,5 por cento e isso não é possível. O futebol por ajudar. Temos que juntar o futebol ao turismo, como já acontece com a saúde", anotou Armindo Monteiro, abordando o tecto previsto na proposta de OE.
"Era importante que esse tecto seja aumentado. Se esse tecto não for aumentado nem sequer estamos a ter em conta a inflação. Pelo menos uma atualização pelo valor da inflação seria o limiar mínimo. Na perspetiva seria importante termos a capacidade de não termos um Orçamento de Estado apenas virado para a parte orçamental, ou seja para as contas certas, mas é importante que seja um fator de potenciar o crescimento económico. O futebol pode ser um elemento chave nesta ajuda", concluiu Armindo Monteiro, presidente da CIP que foi convidado pela Liga Portugal a marcar presença na XI Cimeira de Presidentes, que decorre em Coimbra. A Liga, note-se, faz parte da CIP e Pedro Proença integra o Conselho Geral desta Confederação.
Nesta X Cimeira de Presidentes estão representados 33 dos 34 clubes das ligas profissionais, com a única exceção a ser o Marítimo. Pinto da Costa, líder do FC Porto, fez-se representar pelo advogado Hugo Silva Nunes, uma vez que o presidente portista esteve esta manhã no Tribunal do Bolhão (Porto), no início do julgamento da ação interposta por Pinto da Costa contra Nuno Lobo, antigo candidato à presidência do FC Porto.
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