Presidente da Liga Portugal fala em relação "normal" com o FC Porto, embora admita que a mesma foi beliscada
À margem da Assembleia Geral da Liga desta terça-feira, que aprovou o relatório e contas de 2024/25, Reinaldo Teixeira abordou a polémica do adiamento do jogo Arouca-FC Porto, tal como tinha prometido anteriormente. O presidente da Liga Portugal passou em revista todo o processo, vincou ter agido de boa-fé, como o próprio organismo, em todo o caso e admitiu que, apesar de "normal", a relação com os dragões foi abalada.
O polémico adiamento do Arouca-FC Porto: “Não era simpático da minha parte falar sobre o assunto no dia do jogo, mas a Liga Portugal pronunciou-se logo após o comunicado emitido pelo FC Porto. Para todos os que gostam de futebol, nós fazemos sempre as coisas conscientes de que estamos a fazer para o bem de todos e nunca beneficiar ou prejudicar quem quer que seja. Esta liderança será sempre de imparcialidade. Até hoje não encontramos nada ilegal, que fosse mal feito ou contra os regulamentos. O que se passou? Jogo estava marcado para as 20h30 do 28 outubro, dia da festa das Colheitas, mas àquela hora pensávamos que já era possível fazer o jogo. Aconteceu uma pressão constante e permanente da Câmara Municipal de Arouca e da Proteção Civil. Houve uma reunião na segunda-feira seguinte, com Bombeiros, GNR, Protecção Civil, Câmara Municipal e os dois clubes, onde foi transmitido que não havia condições para o jogo se realizar naquele dia. Os clubes discutiram uma nova dada, mas não houve entendimento.”
O processo até à decisão: “O Regulamento de Competições estipula que os jogos adiados devem realizar-se nas próximas 30 horas e, não havendo entendimento entre as duas SAD, foi isso mesmo que aconteceu. Atendendo ao calendário, a única data disponível para a realização do jogo seria a 30 outubro. Data sobre a qual os clubes não se entenderam, mas mesmo nessa data a distância para outros jogos era idêntica, além de que obrigava a mudar quatro jogos. Nesta data, de 29 de setembro, só obrigou a alterar o Famalicão-Rio Ave e foi o que fizemos. Entretanto o FC Porto reclamou. A Liga Portugal tinha 10 dias para se pronunciar, mas respondemos nas 4 horas seguintes. O FC Porto tinha total autonomia para protestar para o TAD, mas até hoje estou convencido que foi feito o que o regulamento permitia.”
Porque não mudar de estádio: “Porque o regulamento não permite. O que podemos prometer é que não haverá medidas nenhumas para prejudicar ninguém. Humildade para que cada vez haja maior transparência nas decisões e que sejam inequívocas. Imaginemos que havia uma decisão errada e o TAD pronunciava-se de outra forma. Aceitaria essa decisão com total humildade, mas não espero isso em lado nenhum. A minha relação com o FC Porto está normal, falei com o representante [nesta AG]. Naturalmente que não tenho assim muito jeito para dizer que está tudo bem quando no fundo não está. É legítimo que as pessoas não concordem com as decisões, mas a forma como se faz… Provem-me que estivemos mal, porque estamos cá para pedir desculpa, mas caso contrário não. Pelo cargo que desempenho há o dever de cautela nas decisões para trazer mais gente e mais marcas ao futebol. O meu espírito é de cautela, cuidadoso, de bom senso e a representar todos de igual forma.”
Críticas de André Villas-Boas de uma liderança "vazia e inócua": “É uma opinião do FC Porto, que respeito. Sinceramente não senti e a prova que não senti é que em nenhuma reunião ninguém se manifestou. Tenho uma relação de proximidade com toda as SAD e o universo das nossas ações está a ser reconhecido pelos clubes. Algumas propostas em cima da mesa provam que estamos empenhados para o bem do futebol. Nestas matérias cada um acha o que deve dizer. A nós compete-nos respeitar. Estamos sempre disponíveis para conversar e todas as críticas construtivas são sempre bem recebidas. Não temos ideias que somos os craques do mundo. Aceitamos todas as opiniões. Temos uma estratégia e, como tudo na vida, caráter. Posso perder a estratégica, mas o carácter nunca perco. Fico honrado com decisões certas e triste quando são erradas. Mas tudo isto não me alegra e não é bom para o futebol, nem é essa a nossa posição. Alegra-me que vários adeptos, sócios e elementos do FC Porto que me conhecem há imensos anos me tenham ligado solidários e inclusive até a pedir desculpa por algumas atitudes, pela forma como tudo foi conduzido. [n.d.r.: fonte oficial da Liga Portugal esclareceu que Reinaldo Teixeira se referia às conhecidas pichagens feitas na Arena Liga Portugal e pela vila de Arouca]. Prova de que há pessoas que têm bom senso. Não quero que se interprete isto com uma opinião diferente, porque aqui nunca haverá qualquer atitude premeditada para prejudicar ou beneficiar qualquer clube. Há aqui trabalho constante para ajustar os regulamentos para que qualquer decisão seja clara. Se falhar, assumo perante todos.”
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