Entrevista ao diretor-geral do Placard.pt
O diretor-geral do Placard.pt, parceiro de Record no projeto ‘Aqui, Jogas em Casa’, explica apoio da marca a quatro clubes da Liga e traça um desenho geral do panorama das apostas desportivas no nosso país.
RECORD - O Placard.pt deixou de patrocinar os grandes e agora está na frente da camisola de quatro clubes da Liga? A que se deve a mudança de estratégia?
TOMÁS GONÇALVES – Fruto das diversas movimentações no mercado de patrocínios e das apostas desportivas, assim como do contexto de pandemia, o Placard.pt optou por uma abordagem diferente para as próximas épocas desportivas, apostando numa estratégia de patrocínio a clubes da Primeira Liga que não só relevassem a posição da marca, mas que também pudessem beneficiar de um maior apoio neste contexto de pandemia que acabou por também causar um impacto importante nestes clubes. Desta forma, surgem os acordos de main sponsor do Boavista FC, FC Famalicão, Moreirense FC e Vitória SC.
R - Como tem sido a relação com Famalicão, Boavista, V. Guimarães e Moreirense nestes primeiros meses?
TG – A resposta dos clubes tem sido excelente, todos eles assimilaram rapidamente a estratégia e o posicionamento da marca, nomeadamente o cariz social da empresa, estando previstas diversas ações neste sentido ao longo das próximas três épocas. É de destacar a forma profissional, flexível e expedita como estes processos foram geridos por parte dos clubes. Estamos certos de que esta foi uma aposta certeira.
R - Está nos planos do Placard.pt entrar na camisola de mais clubes da Liga?
TG – Para já a nossa aposta cinge-se aos quatro clubes em questão. Vamos agora passar por um período de amadurecimentos dos patrocínios e de avaliação dos mesmos. Porém, estamos sempre atentos e disponíveis para novas oportunidades do mercado.
R - O mercado de apostas desportivas está agitado como nunca, com várias empresas a entrarem em força no futebol. A que se deve este crescimento?
TG – O futebol representa cerca de 80 por cento do mercado de apostas desportivas e a Primeira Liga, sendo uma das principais ligas europeias, tem uma enorme visibilidade a nível nacional e internacional, sendo por isso uma aposta natural. O mercado ainda é recente e ainda não atingiu a sua maturidade (a primeira licença foi atribuída em meados de 2016), sendo por isso normal continuar no seu processo de crescimento. Por outro lado, tal como noutros mercados, alguns ‘players’ optam por esperar pela evolução dos primeiros anos para a tomada de decisão acerca da sua entrada do mercado ou não, e o mercado português tem-se revelado bastante interessante. Por último, em 2020 deu-se uma alteração do regime de taxação que veio nivelar o mercado português com outros mercados, o que acabou por atrair novos operadores.
R - Há limites para o crescimento do setor?
TG – Todos os mercados são limitados, o caminho agora passa por regular outras atividades e jogos, à semelhança do que acontece nos restantes países da Europa, passo esse que será decisivo no combate ao jogo ilegal que ainda é uma realidade muito enraizada em Portugal.
R - No caso do Placard.pt, como tem sido o crescimento desde que obteve a licença?
TG – Temos registado níveis de crescimento interessantes que têm acompanhado o mercado. Recentemente incorporámos também a oferta de Jogos de Casino que têm sido um sucesso.
R - Nas apostas para a vitória no campeonato deste ano, quem tem recolhido mais preferências?
TG – Existe uma enorme diversidade no tipo de apostas. No entanto, este tipo de apostas não é muito representativo, uma vez que existe um grande horizonte temporal entre o momento da colocação da aposta e a concretização da mesma.
R - Quais os jogos/clubes que mais movimentos de apostas atraem?
TG – O futebol é a modalidade que recolhe mais apostas, sendo as principais ligas a portuguesa, a inglesa e a italiana. Os principais jogos são sempre os que têm mais destaque, mas podem variar muito em função da oferta diária disponível. Por vezes dão-se fenómenos ocasionais, em função de determinadas movimentações do mercado, como a presença de treinadores portugueses no Brasil, que acabam por atrair um maior volume de apostas nesses mercados.
R - Qual o prémio máximo que o Placard.pt já pagou?
TG – Os prémios dependem muito dos valores apostados, não sendo por isso o maior prémio o melhor indicador mas sim a melhor odd. Acontece com regularidade o pagamento de prémios avultados e, muito recentemente, pagámos uma aposta múltipla com uma odd de 2.500.
R - Como é que o Placard.pt lida com casos de excessos?
TG – Somos uma empresa constituída apenas por entidades do setor social de Portugal, a Santa Casa da Misericórdia, a União das Misericórdias Portuguesas, a Fundação Montepio, a Cáritas Portuguesa e a ACAPO e temos, por isso, uma responsabilidade acrescida, sendo este um dos principais pilares da nossa empresa. Temos uma abordagem diferenciada no mercado neste capítulo, somos a única empresa em Portugal que não oferece bónus. Pretendemos que os nossos apostadores joguem apenas por diversão.
R - Há quem defenda que há um problema de jogo no país.
TG – É preciso conhecer a realidade do meio. O jogo e as apostas são algo natural e inato, a proibição nunca será a solução, até porque o jogo ilegal tem ainda, infelizmente, um grande peso em Portugal. A solução passa por haver regulação, que já existe, alargar essa regulação a novos tipos de jogos e mercados, para que possamos dispor de uma oferta mais abrangente, captando mais apostadores do universo ilegal. Existindo regulação cremos ser da máxima importância a existência um operador como o Placard.pt que, para além de dispor de uma oferta regulada e controlada, ainda devolve à sociedade, através dos seus acionistas.
R - Qual a percentagem de apostadores problemáticos?
TG – Os casos de excesso são uma pequena franja do nosso universo de apostadores. No Placard.pt estão disponíveis ferramentas de autorregulação como os limites de depósito, os limites de apostas, a temporização do tempo de jogo, os períodos de pausa e a autoexclusão por tempo determinado ou indeterminado. Oferecemos ainda, para além da linha de apoio ao cliente, uma linha de apoio ao jogo responsável, exclusiva, em parceria com o Instituto de Apoio ao Jogador (IAJ), que proporciona um acompanhamento próximo a apostadores com comportamentos aditivos.
Recuperação média desta lesão é de 15 dias, pelo que os receios de uma lesão grave não se confirmam
Melhores da última temporada vão ser distinguidos a partir das 19h
Conversas entre o empresário e o jogador do Manchester City estão bem encaminhadas
Alexandre Pinto da Costa, filho do antigo presidente do FC Porto, recebeu distinção das mãos de Reinaldo Teixeira no Liga Portugal Awards
Fayza Lamari revela curiosas histórias sobre o craque francês e os seus ídolos
No processo que acabou por redundar no empréstimo de Kolo Muani ao Tottenham
Interrogatório do Hungria-Portugal
Ex-Sporting retira-se aos 32 anos