Três bolas nos postes, por João Manuel e Krpan, justificam em parte os dois pontos cedidos pelos leirienses. Mas a União falhou pelo menos 15 ocasiões para repetir o último triunfo em casa, com o FC Porto em Dezembro
A UNIÃO de Leiria dominou, marcou, mas permitiu o empate com o Belenenses a dois minutos do fim, porque falhou num aspecto essencial do jogo: a objectividade. Os anfitriões podem até queixar-se das três bolas que João Manuel e Krpan atiraram aos ferros, mas o resultado (1-1) provou a ineficácia com que os seus avançados abordaram as pelo menos 15 oportunidades de golo criadas.
O jogo foi bom e corrido, em ritmo de pingue-pongue, como se todos quisessem resolver depressa a questão. Mas a União de Leiria tropeçou na displicência dos seus elementos mais adiantados. E deu demasiado tempo ao sector intermédio do Belenenses. Estes factos, apesar do golo obtido na sequência de uma bolada na cabeça de Guga enquanto este formava barreira, não impediram a perda de dois pontos para os leirienses.
A equipa treinada por Manuel José somou o quinto empate em casa nesta época, e não vence no seu estádio desde 16 de Dezembro (3-1 ao FC Porto). Este quinto empate diante do Belenenses pode assumir um especial efeito classificativo, mas peca sobretudo por igualar o número de vitórias da União no Estádio Magalhães Pessoa, o que traduz uma vantagem clara de empates em termos globais. Os leirienses estariam ainda, quem sabe, a lamber feridas da derrota suada na Luz diante do Benfica na jornada anterior (2-3), e apresentaram-se nesta partida sem Derley e Bilro (ambos a cumprir castigo).
História de ausentes
Se o Belenenses também não podia contar com Verona (lesionado) no trio atacante, à União de Leiria pesaram bem mais as soluções de recurso como a adaptação do central Renato à posição de lateral-direito habitualmente ocupada pelo capitão Bilro. E à opção Paulo Alves, que ontem igualou o melhor marcador da equipa (Derley), fazendo o sexto golo da época. Na estrutura móvel concebida por Manuel José, o croata Krpan tinha liberdade para trocas sistemáticas com Luís Vouzela e João Manuel, ocupando a direita e a esquerda até à chegada de Duah (81').
Do outro lado, um esquema semelhante nos termos, era contudo mais rígido, fruto da tomada de iniciativa pelo Belenenses. E da atitude natural de quem joga em terreno alheio. O espanhol Seba, que perdeu duas excelentes ocasiões para colocar a equipa em vantagem logo aos 5 minutos (Éder tirou duas vezes sobre a linha), coordenou o jogo ofensivo do Belenenses enquanto lho permitiram os avanços de Luís Vouzela e a marcação distanciada de Tiago. Marcão e Guga tinham a missão de aproveitar o futebol produzido, movimentando-se e colocando em respeito uma defesa adaptada.
Posto isso, a história da partida começou a desenhar-se bem cedo quando Vouzela falhou de cabeça (2') num cruzamento de Krpan, e quando aos quatro minutos João Manuel atirou pela primeira vez à barra (ele próprio atirou ao poste, aos 7', antes de Krpan colocar de novo na barra, aos 72’). Caso para escrever: quem nos ferros esbarra, nos ferros pode empatar. Tirando o remate de Tuck à figura (57'), e o vistoso pontapé de bicicleta de Eliel (66'), as ocasiões no último terço do jogo pertenceram quase por inteiro à União, através do exuberante Dinda e de Krpan.
A arbitragem de Vítor Pereira foi boa, com decisão acertada inclusive no lance da grande penalidade por falta de João Manuel sobre Guga (88').
Golos
1-0 aos 27 minutos, de cabeça, por intermédio de PAULO ALVES, na sequência de livre directo marcado por Dinda, que embateu na cabeça de Guga (barreira). No ressalto, o próprio Dinda cruzou para Alves marcar.
1-1 aos 88 minutos, por ELIEL, na transformação de uma grande penalidade a sancionar falta de João Manuel sobre Guga. O avançado brasileiro do Belenenses, que entrara após o intervalo, atirou forte e colocado.
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