A Académica continua na Taça de Portugal graças à sua maior maturidade competitiva, através da qual Manuel Machado soube ir gerindo os acontecimentos na Tapadinha, deixando que o adversário gastasse todas as munições e forças para, no final, atiçar-lhes com um “esfomeado”... Pitbull!

O Atlético tudo fez para se manter em competição, lutando com garra e determinação, apesar de nem sempre com a manha necessária para fazer das suas fraquezas forças. O empenho dos lisboetas foi total e com isso o jogo ganhou emoção, assistindo-se a um desafio repartido no domínio de jogo e nas ocasiões de golo, apesar de os estudantes terem chegado a meter a bola na baliza ainda na primeira parte, numa cabeçada de Joeano na sequência de um pontapé de canto, mas Augusto Duarte não validou por alegada falta do avançado alvi-negro.

Uma equitatividade mais evidente ao longo da primeira parte, já que a meio do segundo tempo os estudantes pareceram dar mostras de algum desgaste físico, o que causou nos alcantarenses a ilusão de poderem disso tirar partido na fase terminal da partida, já que Edmar e CIA nunca baixaram os braços, correndo sempre atrás do golo e mostrando um bom estofo... atlético.

Emendar a mão. Mas a quebra dos forasteiros deveu-se, acima de tudo, ao facto de, com a primeira alteração no onze, Manuel Machado ter despovoado o meio-campo, tornando difícil a transição do seu jogo para o ataque.

Machado emendou a mão e foi com as entradas de Pitbull e Roberto Brum, a 15 minutos do final, que a Académica voltou ao jogo. António Pereira foi respondendo a todas as mexidas do seu homólogo, mas a verdade é que nenhuma delas se revelou tão decisiva como a da troca de Joeano por Pitbull, pois David, que rendeu o lateral-esquerdo P. Pereira, não teve o golpe de génio de há semanas no Dragão.

Não tendo sido um espectáculo vislumbrante, este Atlético-Académica foi, apesar de tudo, emotivo, pois o resultado esteve realmente pendente para qualquer um dos lados até ao golo de Pitbull.