O tímido sonho do FC Porto foi desfeito, no último minuto do seu jogo com a Académica, com o golo de Joeano – os adeptos do Benfica deram, logo aí, largas à sua alegria e anteciparam em um minuto a festa do título. A equipa do FC Porto entregava, muito por culpa própria, essencialmente por culpa própria, as faixas de campeão ao seu rival de sempre.
Do jogo de ontem com a Académica, o que há sobretudo a reter é o seguinte: a equipa de José Couceiro voltou a provar que não sabe jogar em vantagem; quando Ibson, aos 61 minutos, colocou a sua equipa à frente do marcador – um golo na sequência de uma bonita jogada – o FC Porto, numa estratégia incompreensível, deixou de ter a bola, ficou numa situação de expectativa, procurou gerir o magro 1-0, embora de uma forma precipitada e sobretudo nervosa.
Do lado contrário, o treinador Nelo Vingada aproveitou o momento de indefinição contrária para correr alguns riscos; num curto espaço de tempo lançou em campo dois homens (Joeano e Kenedy), posicionando-os na frente de ataque; ou melhor, Joeano à direita, e Kenedy à esquerda, que tinham a obrigação de servir (e serviram) Dário que, a partir dessa altura, passou a ser o nº 9 de serviço. Os visitantes alargavam a sua frente de ataque, é certo, mas deve ser dito que, apesar de terem subido no terreno, não conseguiam criar embaraços à defesa portista. Aliás, a Académica só aos 83’ é que conseguiu fazer o seu primeiro remate à baliza de Baía em toda a segunda parte – um remate sem consequências. A sorte acabou, no entanto, por provocar estragos, quando José António, já em desequilíbrio, colocou a bola em Joeano que, à entrada da área, fez o golo do empate (90’). A coragem acabou por ser o melhor remédio, dizer que sim foi triunfar sobre o medo.
Sem fogo
Como já se disse, o FC Porto perdeu atrevimento e perdeu tranquilidade depois do golo de Ibson. Uma boa equipa, repita-se, não pode abandonar a sua personalidade e a sua dignidade futebolística seja em que momento for; a equipa do FC Porto perdeu-a, e perdeu-a numa fase crucial do jogo. Sem perdão, de facto. Na última meia hora, os locais não evidenciaram autoridade, faltou-lhes energia e entusiasmo e acusaram em demasia o nervosismo. Não revelaram, em suma, estofo. Uma característica dos grandes campeões, o que não é o caso deste FC Porto que, esta época, raramente apareceu ao nível a que nos acostumou. Essa situação foi bem aproveitada pelo seu adversário que acabou por ter sorte no empate conseguido, mas também é verdade que a sorte está quase sempre do lado de quem tem mais determinação.
Numa primeira fase, a Académica soube fechar muito bem os caminhos para a sua baliza – muito por força do seu meio campo que se mostrou sempre rigoroso nas marcações – e conseguiu, sem dificuldade, controlar todos os movimentos ofensivos. Em todo o jogo, o FC Porto só construiu três boas oportunidades de golo – duas por Hélder Postiga (24’ e 30’) e uma por McCarthy (45’). O que é manifestamente pouco, sem dúvida.
Valeu aos dragões a derrota do Sporting (que passava pela cabeça de muito pouca gente), caso contrário o empate de ontem não teria sido suficiente para a entrada directa na Liga dos Campeões. Apesar de tudo, o FC Porto também acabou por ter alguma sorte na forma como se apurou para a mais importante prova da UEFA.
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