PODE não passar de uma coincidência, mas o que é certo é que a Académica apenas somou dois pontos desde que João Tomás assinou pelo Benfica.

A quebra de rendimento da Briosa nas últimas três jornadas terá, até, razões mais profundas, não se sustentando somente na saída do seu artilheiro-mor, que, curiosamente, ainda lidera a tabela dos melhores marcadores da II Liga, com 19 golos.

No entanto, cingindo-nos aos factos, verificamos que os estudantes ainda não conseguiram vencer, tendo averbado dois empates (Covilhã e D. Aves, ambos em casa) e uma derrota (em Felgueiras, e logo por 6-0), para além de apenas ter apontado um tento. Muito pouco para quem, até ao embate com o Freamunde, altura em que se consumou a transferência do jovem ponta-de-lança para a Luz, possuía o ataque mais concretizador da II Liga e aparentava uma candidatura sólida ao regresso ao escalão principal do futebol português.

Não é, porém, a primeira vez, esta época, que a formação orientada por Carlos Garcia atravessa uma crise de resultados.

O início de campeonato revelou uma equipa bastante irregular. A justificação encontrada foi, então, a (in)adaptação dos jogadores a um tipo de futebol diferente e a uma divisão secundária. A fase negativa durou até à 11ª jornada, quando iniciou uma série vitoriosa, interrompida apenas na visita a Lamas (16ª ronda), que lhe valeu, desde logo, a ascensão aos lugares de promoção.

O grande beneficiado com este novo abaixamento de forma tem sido o Varzim. Os poveiros apanharam os ”estudantes” na terceira posição, embora estejam em desvantagem no confronto directo, uma vez que a Briosa venceu na primeira volta por 3-0, conseguindo anular a diferença de cinco pontos verificada há duas rondas.

O Penafiel seguiu o mau exemplo do seu concorrente directo à subida e nas últimas três partidas também somou apenas dois pontos. Os deslizes recebem, igualmente, ”aplausos” de D. Aves e Beira Mar, cada vez mais firmes nas duas primeiras posições da tabela.

AURÉLIO DE MACEDO