No orçamento apresentado, "pretende-se que os gastos diminuam progressivamente"...
Os associados da Briosa aprovaram por maioria e com seis abstenções, esta terça-feira à noite, o orçamento previsto para a época 2012/2013, que é de 4.867 milhões de euros, inferior em cerca de 130 mil euros ao da temporada passada.
Porém, dessa verba, o futebol profissional ficará com 71 por cento do orçamento global, cerca de 3,5 milhões de euros, num valor idêntico ao que foi registado na época já finda. No orçamento apresentado, “pretende-se que os gastos diminuam progressivamente” nas próximas épocas, segundo o parecer do revisor oficial de contas sobre o orçamento para a época 2012/2013, sendo que os valores apresentados em AG não incluem as verbas relativas à presença na fase de grupos da Liga Europa, devido “à ausência de histórico no seio da instituição sobre a referida competição e por não se encontrarem definidas pela UEFA as respetivas contrapartidas financeiras”. Sobre a presença europeia, “esta direção vai viver com os pés bem assentes no chão e não quer que lhe aconteça o que aconteceu a outros clubes portugueses que participaram na Liga Europa”, comentou Manuel Arnaut, vice-presidente financeiro da Académica.
Ainda assim, acrescenta o parecer, “prevê-se um acréscimo de receitas provenientes da transação de direitos desportivos de jogadores ou formados na Académica, resultante da presença na fase de grupos da Liga Europa (…) o que vai contribuir de forma decisiva para a diminuição progressiva do passivo da instituição”.
No capítulo dos “Outros Rendimentos e Ganhos”, o clube tem em mente investir parte da receita da próxima época na ampliação das valências da Academia Dolce Vita, casa-forte dos estudantes, e na conservação e manutenção do estádio e pavilhão.
A Assembleia-geral da Briosa contou com a presença de cerca de 70 associados e começou com as felicitações de Fernando Oliveira a propósito da conquista da Taça de Portugal. “O meu agradecimento à equipa técnica, jogadores e adeptos, que não deixaram de apoiar a equipa, mesmo quando estiveram 16 jogos sem ganhar no campeonato”, recordou o presidente da Mesa da AG.
Presidente quer "brilharete" na Liga Europa
José Eduardo Simões está confiante na participação da Académica na fase de grupos da Liga Europa. O presidente da Briosa garantiu aos sócios presentes que “a Académica não vai envergonhar o futebol português na Liga Europa” e explicou que “está a ser construída uma equipa competitiva e que vai dar muita luta aos adversários”. Quanto a preferências, Simões quer que o sorteio, marcado para 28 de agosto, dite confrontos com “equipas dos cinco países mais fortes da Europa”. Quanto à próxima temporada, “será bem mais difícil do que a anterior e engana-se quem pensa que este será um ano de viragem, pelo facto de irmos à Liga Europa (…) Temos boas bases em quase todos os domínios de gestão, mas temos de continuar com muito juízo. Vamos continuar a ser competitivos, mesmo quando há gente sem escrúpulos a gerir o futebol. Procuramos o melhor caminho para o clube, que nem sempre coincide com o caminho mais fácil”, explicou Simões. “Com Pedro Emanuel”, prosseguiu o dirigente, “vamos gastar o que podemos gastar, dar espaço aos jovens com talento, valorizar atletas e treinadores e vamos continuar a praticar bom futebol. Por outro lado, o dinheiro comanda a indústria do futebol e é impossível contornar a saída de alguns jogadores”, lamentou Simões.
Na AG desta terça-feira, Simões revelou ainda que, na próxima temporada, a Nike vai substituir a Lacatoni e passará a ser a nova marca de equipamentos do clube, confirmando a notícia avançada por Record. “Podemos melhorar a nossa imagem e continuarmos a pensar que a Académica atrai pessoas e instituições. Sabemos que conseguimos trazer pessoas até nós”, observou José Eduardo Simões, a propósito do novo patrocínio.
Na AG, Simões aproveitou ainda para agradecer aos que o têm ajudado “nos últimos seis anos, que têm sido muito difíceis”, desde que foi acusado de corrupção passiva e abuso de poder pela justiça. Sobre o assunto, deixou apenas uma garantia. “Não sou culpado daquilo que me acusam”.
Desinvestimento no futsal
Um dos pontos discutidos na AG, antes mesmo da aprovação do orçamento, por larga maioria, passou pela viabilidade do futsal, cuja equipa principal conseguiu esta época a permanência na divisão principal da modalidade. Manuel Arnaut, vice da área financeira, confessou que “a modalidade é altamente deficitária, pois ou se arranja mais receitas ou se diminuem despesas e há que diminuir os subsídios aos atletas”. Carlos Clemente, vice para o futsal, falou do “colete financeiro em que a equipa está envolvida” e deixou um recado a José Eduardo Simões. “Comigo, ou há uma equipa de futsal com dignidade para a 1.ª divisão ou então… não contem comigo”.
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