Sete equipas cumpriram "regra dos estrangeiros"

Sete das 16 equipas que integram a Liga Portuguesa de futebol "cumpriram" a regra dos "6+5", aprovada em Maio pela FIFA, que defende um número de seis jogadores nacionais por equipa, embora não seja aplicada na União Europeia.

Numa análise centrada na 11.ª jornada, em que os três grandes jogaram fora de casa, somente sete clubes da Liga Portuguesa, de um total de 16, respeitaram a normativa da FIFA e fizeram alinhar nas suas equipas iniciais um mínimo de seis jogadores em condições de representarem a selecção de Portugal.

Depois de ter alinhado de início com apenas dois portugueses nesta ronda, num jogo em que goleou o Marítimo (6-0), o Benfica utilizou pela primeira vez 11 estrangeiros em simultâneo, durante cinco minutos, este fim-de-semana, em partida da Taça de Portugal.

No jogo dos oitavos-de-final, em que as águias foram eliminadas pelo Leixões nos penáltis, a equipa comandada pelo espanhol Quique Flores iniciou o jogo com apenas um português, o médio Ruben Amorim, substituído aos 64 minutos pelo extremo Javier Balboa.

Cinco minutos depois, com a entrada de Nuno Gomes, que rendeu Pablo Aimar, os encarnados voltaram a ter um jogador português em campo, quase 30 anos depois de o Benfica ter sido o último clube a fazer alinhar estrangeiros.

Jorge Gomes, ponta-de-lança brasileiro, foi o primeiro não português a representar o Benfica, em 1979, facto que motivou a convocação de uma Assembleia Geral para aprovar a contratação do então jogador do Boavista.

O Leixões, actual segundo classificado da Liga, com nove jogadores em condições de serem convocados para a selecção lusa, foi a equipa mais portuguesa da 11.ª jornada, seguida por Trofense, Sporting e Rio Ave, com oito jogadores portugueses cada.

Paços de Ferreira, Belenenses e Académica, todas com seis jogadores portugueses utilizados, fecham o quadro das equipas que "cumpriram" os requisitos da FIFA.

Frente ao Estrela da Amadora, os comandados de Paulo Bento, iniciaram o encontro com sete portugueses, aos quais se juntou o defesa Marco Caneira, que ainda na primeira parte rendeu o argentino Leandro Grimi.

O estatuto de segunda equipa mais portuguesa da última jornada, a par de Trofense e Rio Ave, é reforçado pelo estatuto do brasileiro Liedson, que tem dupla nacionalidade e é seleccionável.

Frente ao Marítimo, o Benfica iniciou o jogo com dois jogadores portugueses, o guarda-redes Moreira e o médio Ruben Amorim, aos quais se juntou o avançado Nuno Gomes, que rendeu o argentino Pablo Aimar já na segunda parte.

Na deslocação a Setúbal, onde o FC Porto venceu o Vitória de Setúbal por 2-0, o técnico Jesualdo Ferreira fez descansar uma das unidades mais influentes, Raul Meireles, apresentando um "onze" com apenas dois portugueses, Rolando e Bruno Alves, que formaram a dupla de centrais dos dragões no Sado.

No topo das equipas mais estrangeiras da última jornada, a Naval, à semelhança do FC Porto, apenas utilizou dois portugueses, enquanto o Nacional da Madeira, tal como o Benfica, utilizaram três.

A regra dos 6+5 foi aprovada este ano pela FIFA e pretende que as equipas utilizem pelo menos seis jogadores em condições de representarem a selecção nacional do país do clube. Para já a norma não tem aplicabilidade na União

Europeia, por contrariar o princípio da livre circulação de trabalhadores, mas a UEFA tem feito "lobby" junto do Parlamento Europeu para que a UE atenda à especificidade das competições desportivas e permita esta excepção.

O assunto ganhou em Portugal actualidade com o facto de pela primeira vez um dos três grandes ter alinhado só com estrangeiros, o que aconteceu durante cinco minutos com o Benfica, no jogo da Taça de Portugal, com o Leixões.

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