Desafio a Ryan Reynolds, ida à Luz e o investimento: cunhado de Paris Hilton apresentado no Länk Vilaverdense

Courtney Reum começou a treinar esta semana com o plantel de Sérgio Machado

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As primeiras imagens de Courtney Reum com o Länk Vilaverdense

Courtney Reum juntou-se esta semana ao plantel do Länk Vilaverdense, após ter sido inscrito no mercado de inverno pelo clube minhoto numa transferência mediática. O milionário norte-americano, que também é cunhado de Paris Hilton, apresentou-se aos jornalistas nesta quinta-feira, na sala de imprensa do Campo Cruz de Reguengo, com Phil Walsh, personal trainer que o ajudou a preparar-se, ao seu lado.

Porque é que escolheu o Länk Vilaverdense para jogar?

"Não diria que escolhi o Länk, mas que o Länk me escolheu a mim e depois eu escolhi-os. Ou seja, dei-me a conhecer através do Adrian [Johansson], o dono da equipa [investidor principal]. Estive em Portugal imensas vezes e adoro o país, quando esta oportunidade surgiu não estava à espera de vir para cá e fazer algo como isto. Mas quando o Länk surgiu como oportunidade, sabia que esta era uma área fenomenal. Já estive em Lisboa, Sintra e no Porto. Fiquei muito interessado na equipa e pareceu-me uma oportunidade fenomenal."

Primeira oportunidade como jogador profissional aos 45 anos. Qual é o segredo?

"Quase 46! Não finjo que tenho 25 anos... Tento tratar de mim mesmo, manter-me em boa forma. Antigamente era muito rápido e hoje não o sou, mas não quer dizer que não consiga competir e adicionar valor de maneiras diferentes. Através da ajuda do Phil [Walsh] e outras pessoas, acho que entendo o jogo de forma diferente do que entendia há 20 anos, por isso creio que isso é benéfico."

Aos 45 anos, como investiu no Länk Vilaverdense?

"Isto é o começo de algo que pode ser um investimento. Para mim, a palavra 'investimento' tem um significado diferente para mim, para outras pessoas. Para mim significa dinheiro, mas também tempo. Estou aqui, a dar a cara, mas investimento também significa conselhos e experiência. Fundei várias empresas bem sucedidas nos EUA, investi em centenas e acredito que posso adicionar bastante no sentido empresarial. Espero que, ao ser o mais velho do plantel e mais velho do que o próprio treinador, possa ajudar culturalmente."

Portanto, houve injeção de capital no clube?

"Estamos a falar de coisas diferentes. Isto é o começo de uma jornada e todas as opções estão em cima da mesa. Vir cá, conhecer a equipa, treinar e jogar foi só o começo desta jornada e estou aberto a tudo o que o futuro trouxer. Não sairia de Los Angeles, da minha excelente vida e todas as minhas empresas em Los Angeles se não estivesse focado no que o futuro poderá trazer. Para já, o objetivo passa por manter o clube na 2ª Liga e, depois disso, falaremos sobre o futuro."

Como foi a receção da equipa? E do presidente?

"A equipa foi excelente. Não sei o que lhes foi dito, não sei o que estavam à espera da minha vinda, mas foram todos muito simpáticos comigo. Alguns não falam inglês, outros são tímidos, mas receberam-me todos bem. Não há o que se chama de maçãs podres, todos são incríveis. O presidente? Conheci o Nené Miranda em janeiro, quando cheguei para fazer os testes médicos para me transferir. Ele é muito caloroso, simpático, muito transparente; só estive com ele uma vez, mas já falámos várias vezes. Levou-me ao restaurante do cunhado no primeiro dia, foi fantástico."

Está pronto?

"Sinto-me mais preparado e forte a cada dia que passa. É muito para uma pessoa ajustar, principalmente quando és da minha idade. É um novo estilo, uma nova forma de jogar, com novas pessoas e um novo idioma. Não posso dizer que estou totalmente pronto para jogar, mas estou a melhorar, tenho treinado. Há outras coisas, mas acho que tenho vindo a melhorar e o meu conhecimento do jogo também está a melhorar. Vou continuar a trabalhar."

Está a aprender o jogo para ser treinador?

"Não. Quero ter a certeza que entendo o jogo. Eu, aos 45, entendo melhor o futebol do que aos 22. Quando joguei nos EUA, não mostravam jogos internacionais na televisão. Não havia imagens, é isso que quero dizer. Claro que posso ser melhor ao nível de negócios, mas agora, é um pouco como o Ryan Reynolds. Mas ele não está a jogar no Wrexham. Qualquer dia digo-lhe que deve vir e tentar entrar em campo. Depois da época, por que não fazer um particular entre o Wrehxam e o Länk? Fazêmo-lo com o Ryan em campo, pode marcar-me."

Vai ficar com o Länk mesmo que a equipa desça de divisão?

"Mesmo que o Länk desça de divisão, não deixarei de estar envolvido. Há outras coisas que temos de discutir e que posso envolver-me. Há muito que fazer, quero ficar na 2ª Liga, mas isto não é para este ano. Demora tempo a construir uma empresa e uma equipa. Já construí muitas empresas. Roma não foi construída num dia como dizem e eu vejo isto como um projeto de vários anos. Este ano, no próximo ano... mas acredito que se for bem feito estrategicamente, pode ser um plano de cinco anos, caso corra bem. Não sou o dono, por isso não posso esclarecer nada sobre isso, mas espero que tudo corra bem."

Quanto dinheiro investiu?

"Acho que é uma pergunta para o meu treinador [risos]. Acho que não tenho a liberdade para o dizer e enquanto a equipa estiver a tratar da situação financeira demorará tempo a ficar bem. Quando estiver tudo pago, será tudo tratado. Espero que o investidor esteja aqui em breve e esclareceremos todos os problemas da melhor forma, juntos."

Espera que a sua cunhada, Paris Hilton, venha cá vê-lo jogar?

"Ela quer e o meu irmão também. A Paris queria vir este fim de semana, mas não sei se vou jogar por isso... Isto é sobre a equipa e sobre mim, não quero distrações, por isso disse à Paris que estou agradecido mas haverá uma altura. O meu irmão virá e mais algumas pessoas. Quando a altura for oportuna, ela virá, mas não enquanto a equipa estiver a lutar pela permanência."

Conselhos dos seus amigos. 

"O meu irmão é o meu parceiro de negócios há 17 anos. Recebo conselhos dele todos os dias, mas acho que todos os meus amigos pensam que sou maluco, mas sabem que eu tenho sempre ideias fora da caixa. O que disseram foi para não esquecer a oportunidade e o momento. O meu irmão e eu, durante toda a nossa vida, trabalhámos com empresas, a comprá-las e vendê-las e agora quero aproveitar o momento e não pensar no futuro."

Conhece Cristiano Ronaldo? E mais jogadores portugueses?

"Claro! O Bruno Fernandes. Acho que o Pepe é quase tão velho como eu, mas tenho muito respeito pela história do futebol português, encontrámo-nos no Mundial há oito anos ou assim... Mas sim, conheço os clubes, o FC Porto, o Sporting e o Benfica."

Começar aos 45. 

"Não era o meu plano inicial. Quando eu falei do futuro do Länk, poder envolver-me a jogar ou não... O objetivo é tornar o Länk uma equipa especial, trabalhar com a comunidade e é isso que quero. Posso não jogar, posso lesionar-me amanhã e fará tudo sentido, valeria tudo a pena na mesma. Acho que tudo acontece por uma razão, não pensei nisto antes, mas há muito tempo joguei de forma competitiva, mas foquei-me em construir empresas. Agora, quero focar-me e estou mais preparado aos 45 anos do que aos 35. Por várias razões."

Patrocínios. 

"Trago alguns. Temos várias empresas que começámos. Começamos as nossas empresas e temos empresas de longevidade com o Tony Robbins por exemplo. Somos investidores em várias empresas."

E agora o Länk faz parte desse portfólio...

"Boa pergunta. Não, a minha empresa chama-se M13, tenho muitos parceiros, o meu irmão e várias pessoas a trabalhar enquanto eu exploro isto. Só fazemos investimento em empresas de tecnologia. Este investimento é pessoal. É meu, do meu irmão, e da Paris, talvez."

Que lado prefere? Futebol ou investimento?

"Não diria o lado do investimento mas, usando a minha definição, acredito que estou cá para construir algo. E não acho que jogar no campo é uma chave disso, é apenas um componente. Em vez de investimento, quero construir, isso é mais importante para mim. Se nunca mais treinar ou jogar, quero que o meu legado cá seja ter elevado o Länk à primeira divisão."

Posição. 

"Sou avançado. Já joguei no meio-campo, mas tenho jeito para golos. Marquei um no treino. Acho que tenho apetência por golos e o meu treinador sabe disso."

Jogou na Universidade da Columbia, em Nova Iorque.

"Lembro-me bem. Acho que havia uma cultura diversificada. Grande parte disso era entender a cultura e o balneário e os estilos dos diferentes jogadores. É um pouco como uma luta de boxe, primeiro começas por ler quem está ao teu lado e depois é que ages."

Está confiante na permanência?

"Estou confiante. O Phil acredita em mim e eu tenho de acreditar que consigo marcar. Vi vários jogos na televisão do Länk. Houve algumas decisões erradas nas partidas, mas esta equipa consegue manter-se. Olhem para o jogo na última semana, três golos do nada. Acho que se vencermos três vezes seguidas, com sorte, podemos ficar cá."

Há uma foto de si no Estádio da Luz. Já viu um jogo da 1ª Liga?

"A foto aconteceu porque quando vim para os exames médicos fui realizá-los no estádio do Benfica. E aí recebi a camisola, não queria fingir que vim para o Benfica. É um estádio lindo, mas nunca vi lá um jogo. Vi muitos estádios, como o do Sp. Braga e do FC Porto. Vi muitos jogos na televisão, porque ver a Premier League é diferente de ver um jogo da Liga Portuguesa e vou-me adaptando aos diferentes estilos."

Por João Albuquerque
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