João Tocha, o assessor de Mário Figueiredo na liga, também responsável pela sua comunicação, fez este sábado duras críticas aos presidentes de clubes e à forma como se realizou a reunião de sexta-feira em Fátima.
"O que tenho assistido nos últimos dias, por ocasião de encontros de diversa ordem entre os presidentes de clubes, faz-me deixar publicamente alguns considerandos. Primeiro, o que penso sobre o futebol fora das quatro linhas. Segundo, o que penso sobre uma parte do futebol que ocorre dentro dos estádios directamente dentro das quatro linhas", referiu na sua página no Facebook.
"Futebol sem paixão e amor à modalidade e aos clubes não ...funciona nem singra. Participar num campeonato e jogar uma partida implica entrega, vigor e determinação que combinam racional e emocional, técnica e criatividade", acrescentou.
"Os presidentes dos clubes", continuou, "têm de respeitar-se uns aos outros e devem parar pensar no exemplo e na figura que fazem perante a maioria dos cidadãos quando se insultam, quando não respeitam a idade e o bom nome dos seus congéneres, quando desrespeitam quem dá e deu muito à modalidade, aos adeptos e a Portugal".
João Tocha considera "legítimo" que os presidentes "tenham entendimentos diferenciados sobre a gestão do futebol" mas entende que "não podem é continuar a aparecerem aos olhos dos portugueses e dos seus interlocutores como uns seres desprovidos de respeito e educação perante os seus e portadores de uma dialética da idade da pedra"-
"Até porque os desafios que têm pela frente é o de descerem à realidade das suas possibilidades financeiras, de potenciarem as mais valias e de controlarem as receitas do futebol e da imagem dos clubes de forma inteligente", argumentou ainda.
"Há entidades que esfregam as mãos de contentes com as divisões entre clubes e que querem mudar, andando para trás no tempo, quando o tempo já não volta para trás, para perpetuarem os clubes e dirigentes como reféns dos seus oligopólios e futuras tentativas de locupletamento à custa dos clubes. O que se exige é firmeza na defesa das posições mas actores com atitudes e comportamentos dignos da urbanidade que se exige a qualquer condutor de pessoas e figuras com grandes responsabilidades sociais e políticas ou na polis", desenvolveu.
Para concluir, referiu: "Era bom que os dirigentes dos clubes aprendessem a ser vistos como pessoas respeitáveis em vez de espécies em vias de extinção, dignas de serem expostas em qualquer jardim zoológico pelas figuras e grunhidos que alguns proferem. Nunca é tarde para em futuras aparições públicas darem sinais de urbanidade e respeito para que sejam respeitados pelas outras instituições e titulares de diversos órgãos e organizações públicas e privadas. Até porque os instigadores destas situações trabalham bem na sombra orquestrando os desvio de verbas da LIGA e que seriam dos clubes. Mas essa é outra história.Pedir desculpa em privado e agir em público de forma diferente só dignifica quem o fizer."