O forte investimento da época passada com o claro objetivo de subir à Liga NOS fracassou com o sexto lugar granjeado no fim da época e após a equipa arouquense ter baqueado na reta final, acabando a prova com três derrotas consecutivas.

"Era preciso mudar o paradigma em termos de contratação no Arouca para jogadores que tenham talento, qualidade e que o Arouca possa potenciar para fazer dinheiro mais à frente, é uma condição necessária para os clubes sobreviverem, há que criar um grupo com ambição, querer e muita vontade de vencer. Este ano temos um plantel mais equilibrado. No ano passado o plantel nalgumas posições era deficitário. Este ano queremos que seja diferente", afirmou o técnico que vai cumprir a segunda época em Arouca.

Para 2018/19, a palavra subida deixa de estar declarada como meta. "O nosso objetivo é a melhor classificação possível. Todas as equipas na 2ª Liga querem subir e todas têm essa possibilidade, mas todas podem descer, portanto há que ter cuidado. Temos um plantel jovem, há que dar tempo", disse, prudentemente, Miguel Leal, de 53 anos.

Quanto ao trabalho de campo, em termos de treino, por agora o importante é a identificação individual e coletiva. Noutra palavra, é o trabalho. "Nesta fase é identificar os jogadores com a ideia de jogo. Interligar isto é o mais difícil. Por agora temos a oportunidade de observar melhor os jogadores. Para conhecer bem os jogadores tem de se treinar. Acima de tudo temos aqui um grupo interessante, com muito potencial, querer e qualidade, não vai ser um mar de rosas, mas se trabalharmos bem, podemos fazer um excelente campeonato", sublinhou.

Marcar golos foi um autêntico bico de obra para o emblema das terras de Santa Mafalda em 2017/18. Miguel Leal assevera que este ano será diferente. "Começar uma equipa de novo é sempre uma incerteza, é preciso que se cruzem, se interliguem, se conheçam. O mais importante é que deem o máximo e o Arouca saia beneficiado com isso. Acho que temos jogadores diferentes e vamos conseguir criar mais situações de finalização, estamos mais fortes nesse nível. Este ano, por exemplo, será mais fácil jogar de início com dois avançados", analisou.

Os objetivos mais comedidos para a próxima temporada têm também que ver com a dificuldade e a competitividade cada vez maiores na 2ª Liga. Perguntado sobre se o próximo campeonato será mais duro ainda, Leal foi lesto na resposta: "Este campeonato será claramente mais difícil. Aliás, a tendência é a da dificuldade aumentar a cada ano. Os candidatos são muitos."

Cândido Rego, ex-Leixões, é o novo treinador de guarda-redes dos arouquenses, substituindo Tó Ferreira que se mudou para o P. Ferreira. Jorge Leitão, um dos adjuntos de Miguel Leal, abandonou o clube e agora Flávio Silva, analista, acumula funções com a de adjunto. Por outro lado, permanecem os restantes elementos: Hélder Ferreira (adjunto), Elias Nunes (preparador físico) e Bruno Sousa (observador).